O Ibovespa fechou em leve alta nesta quarta-feira, em linha com ligeira melhora dos mercados em Nova York, enquanto à nível local investidores reagiam a dados de inflação ao consumidor e digeriam notícia de que o governo Lula teria solicitado corte superior a R$7 bilhões no programa social Bolsa Família.

O Índice Bovespa encerrou com avanço de 0,29%, aos 123.866 Pontos. O volume de negociação da sessão foi de R$12,9 bilhões, abaixo da média dos últimos 50 pregões, de R$15,7 bilhões.

Os vértices da curva de juros encerraram em alta de até 11 pontos-base, com ênfase na cauda longa. Ao final da tarde, o dólar futuro operava em queda de 0,10%, cotado a R$5,827, enquanto o índice Dólar DXY subiam 0,26%, aos 103,54 pontos.

Mercado reagiu, ao fim do dia, à notícia do Broadcast de que o governo federal pediu ao Congresso alterações no Orçamento deste ano para acomodar uma série de novas despesas, como R$3 bilhões a mais para o Auxílio-Gás. Diante desse cenário, o governo teria solicitado um corte de R$7,7 bilhões no Bolsa Família.

No ofício encaminhado pelo Ministério do Planejamento à Comissão Mista de Orçamento (CMO), o Executivo não previu despesas com o Pé-de-Meia, mas pediu que os gastos com o programa de incentivo à permanência escolar possam ser suplementados depois da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, também de acordo com informações do Broadcast.

Pela manhã, o mercado tambem avaliou os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro na base mensal, em 1,31%, levemente acima das expectativas do mercado, de 1,30%, e bem acima da taxa de 0,16% registrada em janeiro, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Foi a maior leitura do IPCA para um mês de fevereiro desde 2003.

No ano, o IPCA acumula alta de 1,47%; já na base anual, o índice avançou a 5,06%, acima dos 4,56% imediatamente anteriores, e operando acima do limite superior das bandas da meta de inflação oficial do Brasil.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a maior variação foi registrada pelo grupo Educação, seguido de Habitação, responsável pelo maior impacto no índice do mês.

Investidores também reagiram à divulgação dos resultados da Cury, Azzas, Vulcabras, Eternit e Méliuz, que reportaram na noite de ontem, enquanto calibraram expectativas para a divulgação de CSN, CSN Mineração, Casas Bahia, Cogna, SLC Agrícola e outras, na noite de hoje.

Ao fim da sessão, as principais contribuidoras da sessão foram as ON da Rede D’Or, da RD Saúde e da JBS, que recuaram 4,14%, 5,03% e 2,77%, respectivamente.

Os papéis ON da RD Saúde, da Minerva e da Cogna, lideraram entre as altas percentuais, subindo 5,03%, 4,26% e 4,24%, na mesma ordem.

Na ponta positiva, destaque para as ON da Azzas as PNA da Braskem e da Automob, que avançaram %, 4,02% e 3,85%, nesta ordem.

Nos mercados de commodities, os futuros do petróleo Brent para entrega em abril avançavam ao fim do dia 2,03%, a US$70,98 por barril, com dados do governo dos EUA mostrando queda significativa nos estoques semanais de gasolina para a semana encerrada em 7 de março, de acordo com o relatório EIA.

Os contratos futuros de minério de ferro recuaram 0,32%, na última madrugada em Dalian, após ganhos no início da sessão, com o sentimento do mercado sendo abalado por novas especulações sobre o plano da China de cortar a produção de aço bruto para controlar o excesso de oferta que assola o setor.

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Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Americanas (AMER3) 

   A Americanas iniciou procedimento arbitral visando responsabilizar ex-executivos da companhia por danos materiais e imateriais gerados no âmbito da fraude contábil bilionária revelada no início de 2023. Saiba mais…

   Azzas 2154 (AZZA3)

   A Azzas 2154 registrou lucro líquido recorrente de R$168,9 milhões no quarto trimestre do ano passado, decréscimo de 35,8% na comparação com o mesmo período de 2023, segundo balanço financeiro. Saiba mais…

   CCR (CCRO3)

   A CCR informou que sua controlada, CCR MSVia, e a União, por meio da ANTT, assinaram o 4º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão (Edital nº 005/2013).

   Cosan (CSAN3)

   A Cosan anunciou oferta facultativa para a compra de até R$ 2 bilhões em debêntures relativas às 5ª e 6ª emissões de papéis realizadas em 2023. Saiba mais…

   Cury (CURY3) 

   A incorporadora Cury registrou lucro líquido de R$ 165,8 milhões no quarto trimestre, aumento de 3,4% ante o mesmo período de 2023. Saiba mais…

   EcoRodovias (ECOR3) 

   A EcoRodovias divulgou o lançamento do reposicionamento estratégico de sua marca, guiado pelo propósito de “viabilizar caminhos nunca antes imaginados”, que reúne todas as concessionárias sob um mesmo nome: Ecovias. Saiba mais…

   Mahle (LEVE3)

   A Mahle comunicou que Sergio Pancini de Sá renunciou ao cargo de Diretor de Relações com Investidores, mas continuará como Diretor Presidente da companhia. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse ao Broadcast que a estatal pode baixar os preços dos combustíveis no país, casos eles fiquem muito mais caros do que os patamares praticados no mercado internacional. Saiba mais…

   Vulcabras (VULC3) 

   A Vulcabras divulgou os resultados financeiros do quarto trimestre de 2024, reportando um lucro líquido societário de R$ 169,2 milhões, uma variação positiva de 16,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando registrou um lucro de R$ 144,7 milhões. Saiba mais…

   O conselho de administração da Vulcabras aprovou um novo programa de recompra de ações. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)