O Ibovespa fechou em leve alta nesta quinta-feira, impulsionado pelas ações da Vale, enquanto a curva de juros estressou, com investidores receosos à espera de possível anúncio do governo federal sobre medidas para conter os preços dos alimentos.

O Índice Bovespa encerrou com alta de 0,25%, aos 123.357 pontos. O volume de negociação da sessão foi de R$ 21,6 bilhões, em linha com a média dos últimos 50 pregões, de R$ 16,2 bilhões.

Os vértices da curva de juros encerraram em alta de até 8,0 pontos-base. Ao final da tarde, o dólar futuro operava em alta de 0,40%, cotado a R$5,793, enquanto o índice Dólar DXY recuava 0,11%, aos 104,15 pontos.

Os vértices da curva de juros, principalmente na cauda longa, apresentaram um maior de estresse em meio a notícias de que o governo avalia um programa “Desenrola Rural”, que ofereceria até 96% de desconto nas dívidas de agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Essa seria uma das principais apostas do presidente Lula para baixar o preço dos alimentos, segundo CNN Brasil.

O barateamento dos preços dos alimentos, projeto que propõe fim da escala 6×1 e a isenção do Imposto de Renda têm sido considerados por aliados de Lula os principais temas capazes de reverter a queda histórica da aprovação do presidente, segundo reportagem no Estadão.

No âmbito corporativo, destaque para a disparada de 16,36% dos papéis da Méliuz na B3, após a companhia informar em fato relevante que adquiriu 45,72 Bitcoin por aproximadamente US$4,1 milhões, a um preço médio de US$90.296,11. O movimento vem em meio a estudos sobre criação de uma nova estratégia de tesouraria, com aplicação de parte do caixa no criptoativo.

Entre recomendações de bancos, XP cortou preço-alvo de BTG Pactual, para R$36, e Magazine Luiza foi rebaixada para “venda” pelo JP Morgan, com ambas casas citando peso do cenário macro sobre as perspectivas para os papéis.

Ao fim da sessão, as principais contribuidoras da sessão foram as ON da Vale, da Eletrobras e da Equatorial, que avançaram 1,10%, 1,12% e 1,79%, respectivamente.

Os papéis ON da Natura, da CFPL e da Automob, lideraram entre as altas percentuais, subindo 5,83%, 5,03% e 4,17%, na mesma ordem.

Na ponta negativa, destaque para as PN da Marcopolo, as ON do GPA e da Marfrig, que cederam 8,60%, 2,80% e 2,74%, nesta ordem.

Nos mercados de commodities, os futuros do Brent para entrega em abril avançavam ao fim do dia 0,16%, a US$69,40 por barril, em movimento de ajuste, após as recentes perdas pressionadas pelas tarifas comerciais entre EUA, Canadá, México e China, e pelos planos da Opep+ de aumentar a produção.

Esses fatores e um aumento maior do que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA fizeram com que o Brent operasse na região dos US$68,00 na sessão de ontem, o menor nível desde dezembro de 2021.

Os preços futuros do minério de ferro caíram 0,45% na última madrugada em Dalian, uma vez que preocupações comerciais e notícias que a China planeja mais cortes na produção de aço pesaram mais nas negociações do que as medidas adicionais de estímulo para aumentar o consumo na China.

Goldman Sachs manteve estável projeção de preço médio para o minério de ferro em 2025, em US$100/t, vendo recuo maior nas cotações apenas na reta final do ano, quando espera que se concentrem cortes de capacidade de aço na China.

Nos mercados Europeus, destaque para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que reduziu taxas de juros em 25 pontos-base, um movimento amplamente esperado pelo mercado.

Após seis cortes consecutivos, que levaram as taxas de recordes de 4% em junho para os 2,5% atuais, o futuro da política monetária na Zona do Euro agora está mais incerto, em meio às ameaças de tarifas, uma inflação ainda alta e uma economia enfraquecida.

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Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Brava Energia (BRAV3)

   A Brava Energia disse que o perímetro do possível desinvestimentos de ativos onshore e de águas rasas se limitará aos campos localizados na Bahia, conforme decisão do conselho de administração da companhia. Saiba mais…

   Eneva (ENEV3)

   A Eneva iniciou a operação comercial da sua unidade geradora de turbina a vapor no sábado, com potência limitada em 87,220 megawatts (MW), após autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Saiba mais…

   Itaú Unibanco (ITUB3/ITUB4)

   O Itaú está promovendo mudanças no seu comitê executivo, onde ficam os cargos antes chamados de vice-presidentes, de acordo com o Valor. Assim, Alexandre Zancani, que liderava a área de “necessidades e experiência”, vai deixar o banco. Saiba mais…

   Lojas Renner (LREN3) 

   A Lojas Renner informou que os valores arrecadados com a venda das frações de ações serão pagos aos detentores das frações no próximo dia 12 de março. Saiba mais…

   Méliuz (CASH3)

   O Méliuz anunciou a aprovação de uma nova estratégia de tesouraria, que inclui investimentos em Bitcoin (BTC). A empresa adquiriu 45,72 Bitcoins por aproximadamente US$ 4,1 milhões, a um preço médio de US$ 90.296,11 por unidade. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras voltou a integrar a lista das empresas que mais distribuem dividendos no mundo, de acordo com um levantamento da gestora Janus Henderson. A petrolífera brasileira ficou na 14ª posição entre as 20 companhias globais que mais remuneraram seus acionistas em 2024, considerando a conta em dólares. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)