A AbbVie (NYSE:ABBV) registrou lucro ajustado de US$ 2,46 por ação no primeiro trimestre de 2025, superando os US$ 2,38 esperados por analistas. A receita da farmacêutica cresceu 8,4%, para US$ 13,34 bilhões, também acima da estimativa de US$ 12,92 bilhões, impulsionada pela forte performance do portfólio de imunologia.

Skyrizi e Rinvoq, os novos tratamentos autoimunes da empresa, compensaram a queda no Humira. As vendas do Skyrizi subiram 71%, para US$ 3,43 bilhões, enquanto Rinvoq avançou 57%, para US$ 1,72 bilhão. Juntas, as duas terapias somaram US$ 5,14 bilhões no trimestre. Já o Humira caiu 50%, para US$ 1,1 bilhão.

O segmento de estética da AbbVie decepcionou. As vendas de Botox recuaram 12%, para US$ 556 milhões, com impacto potencial de tarifas futuras, já que o produto é fabricado na Irlanda. A empresa tenta diversificar e busca aprovação do FDA para um novo tratamento antirrugas com início de ação mais rápido e efeito de curta duração.

Projeções

A companhia revisou para cima sua previsão de lucro ajustado anual, de uma faixa anterior entre US$ 11,99 e US$ 12,19 para US$ 12,09 a US$ 12,29 por ação. A projeção, no entanto, não considera eventuais mudanças nas políticas comerciais dos EUA, especialmente tarifas sobre produtos farmacêuticos.

A empresa pretende investir US$ 10 bilhões nos EUA na próxima década, em meio às ameaças tarifárias do governo Trump. Segundo o CEO Rob Michael, os possíveis impactos seriam semelhantes aos de concorrentes como Merck e Johnson & Johnson, que já estimaram custos de centenas de milhões com tarifas.

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Ações

Após a divulgação do balanço, as ações da AbbVie operavam em alta de até 1% durante as negociações da manhã de sexta-feira, 25 de abril de 2025. A AbbVie também é negociada na B3 através da BDR (BOV:ABBV34), que simultaneamente recuavam 0,8%.