A Tesla reportou lucro líquido de US$ 409 milhões no primeiro trimestre de 2025, queda de 71% em relação aos US$ 1,39 bilhão obtidos no mesmo período do ano anterior. O lucro por ação ajustado foi de US$ 0,27, bem abaixo da estimativa de US$ 0,39 dos analistas.

A receita total da empresa caiu 9% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 19,34 bilhões, contra os US$ 21,3 bilhões de 2024 e abaixo das expectativas de US$ 21,11 bilhões. A principal pressão veio da divisão automotiva, cuja receita encolheu 20%, para US$ 14 bilhões.

A Tesla atribuiu parte da queda ao redesenho da linha de produção do Model Y em quatro fábricas. O lucro operacional caiu 66%, para US$ 400 milhões, com margem de 2,1%, devido ao aumento dos investimentos em inteligência artificial e menor preço médio de venda dos veículos.

As entregas globais recuaram 13% no trimestre, totalizando 336.681 unidades, o menor volume em quase três anos. A empresa deixou de fornecer metas de crescimento para 2025, indicando que revisará as projeções no segundo trimestre.

Mesmo com os resultados fracos, as ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) subiram cerca de 6,9%, na última verificação, após o anúncio de que Elon Musk reduzirá seu envolvimento com o governo dos EUA e dedicará mais tempo à Tesla a partir de maio. Ainda assim, os papéis acumulam queda de 41% em 2025. A Tesla também é negociada na B3 através da BDR (BOV:TSLA34), que subiam 7,3%, simultaneamente.

O segmento de geração e armazenamento de energia foi um dos poucos destaques positivos, com receita saltando 67%, para US$ 2,73 bilhões. Os créditos regulatórios somaram US$ 595 milhões, ante US$ 432 milhões um ano antes, ajudando a compensar perdas na divisão automotiva.

A Tesla destacou riscos associados às tarifas impostas pelo governo Trump, especialmente para os negócios de energia, que dependem de baterias chinesas. A empresa afirmou que tarifas imprevisíveis impactam diretamente sua estrutura de custos e demanda global.

Outro ponto alto foi quando Musk prometeu lançar serviços de robotáxis em Austin já em junho e reiterou que milhões de veículos autônomos da Tesla estarão nas ruas até meados de 2026. A empresa também reafirmou planos de lançar modelos mais acessíveis ainda neste ano.

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