Mesmo com desafios no cenário macroeconômico e maior inadimplência na carteira de agronegócio, as expectativas para Banco do Brasil seguem positivas para a XP, conforme a equipe de analistas destacou em relatório.
Os analistas estimam lucro em crescimento em relação a 2024, em especial beneficiados por juros mais altos, e retorno acima do custo de capital. Em novo relatório sobre o papel, a divisão de análise da corretora atualizou suas estimativas incorporando resultados de 2024 e o guidance divulgado para 2025.
As projeções macroeconômicas mais recentes podem indicar mais desafios para o banco estatal. Ainda assim, a recomendação de compra foi mantida e o preço-alvo elevado para R$ 41,00 (dos R$ 37,00 anteriores, por ação), com base também na expectativa de que o lucro cresça 4% em relação ao ano passado.
A maior inadimplência na carteira do agronegócio, que representa cerca de 1/3 da carteira de crédito do Banco do Brasil, não é vista como motivo para deixar de apostar no nome. Mesmo com a piora na qualidade do crédito nos últimos trimestres, o segmento segue como ponto forte do banco, na visão da XP, após crescer 92% entre 2020 e 2024, R$ 357 bilhões. Mesmo com a redução na estimativa de crescimento para 2025 atrelado ao segmento, a presença do BB (BOV:BBAS3) é inegável no crédito rural, detendo 50% de participação.
“Os resultados de 2025 devem ser beneficiados principalmente pelos juros mais altos, dado que cerca de 40% dos recursos do BB provêm de caderneta de poupança e depósitos judiciais, que remuneram 6% ao ano”, afirma a análise. O banco deve seguir negociado a 0,8 vezes o preço sobre o valor patrimonial por ação (P/VPA), o que garante o retorno acima do custo de capital, para a XP.
O Banco do Brasil estima crescimento mais modesto de carteira de crédito, o que indica alinhamento com o cenário macro mais desafiador, para a XP. Em 2024, o banco apresentou crescimento de 15,3%, enquanto o guidance para 2025 aponta para um crescimento entre 5,5% e 9,5%.
Dentre os motivos para ainda apostar no banco, estão também a defensividade da carteira que, para a XP, garante ainda mais proteção em um cenário macro pior, o dividend yield (dividendo sobre o preço da ação) relevante, de cerca de 10%, e potencial de valorização de 49%. As ações BBAS3 subiram 17% no ano, enquanto o Ibovespa e o IFNC (índice financeiro da B3) avançaram 4,4% e 16%, respectivamente.
“Ainda assim, vemos suas ações negociando a um valuation atrativo (4,0 vezes o múltiplo de preço sobre lucro, ou P/L, para 2025 e 0,8 vez o preço sobre valor patrimonial por ação, P/VPA, para 2025). Em nossa visão, esse desconto parece excessivo, considerando que o BB atualmente entrega um ROE superior a 20%”, diz o relatório.
Informações Infomoney
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