Fitch rebaixa classificação de crédito da China para ‘A'

(03/04/2025): A Fitch Ratings rebaixou a classificação de crédito da China de “A+” para “A” na quinta-feira. A agência citou a deterioração das finanças públicas da China e uma trajetória de dívida pública em rápido crescimento em meio à transição econômica do país.

De acordo com o relatório, a perspectiva permanece estável, refletindo a resiliência econômica da China, apesar dos crescentes desafios fiscais. No entanto, a Fitch alertou que sua relação dívida/PIB aumentará para 68,3% em 2025 e 74,2% em 2026, acima dos 60,9% do ano passado. O rebaixamento ocorre no momento em que Pequim aumenta o estímulo fiscal para neutralizar a fraca demanda doméstica, as pressões deflacionárias e o impacto das tarifas dos EUA recentemente anunciadas.

“A demanda externa pesará sobre o crescimento, já que os EUA aumentam as tarifas sobre produtos chineses. O aumento prospectivo na taxa tarifária efetiva sob o recém-anunciado plano tarifário recíproco pela administração dos EUA vai além da nossa suposição de taxa tarifária efetiva básica de 35%, criando desvantagens para nossas previsões econômicas e fiscais, embora o impacto permaneça incerto”, disse a Fitch em sua declaração.

China: 

O Ministério das Finanças chinês criticou a decisão da Fitch Ratings de rebaixar a classificação de crédito soberano da China de “A+” para “A” na quinta-feira, chamando-a de “tendenciosa” e irrefletida da realidade econômica do país. O ministério declarou que, apesar de reconhecer o crescimento estável da China e o papel do comércio global, a Fitch manteve sua abordagem de classificação e falhou em fornecer uma avaliação objetiva.

Em um comunicado, a China expressou profundo pesar pela decisão, rejeitando sua validade e insistindo que os mercados internacionais reconheçam a recuperação econômica em curso do país.

A Fitch citou a piora das finanças públicas e o aumento da dívida, projetando que a relação dívida/PIB da China aumentará de 60,9% em 2024 para 68,3% em 2025 e 74,2% em 2026. A agência manteve uma perspectiva estável, observando resiliência econômica, mas alertando sobre pressões fiscais.