Ibovespa encerra em queda, com investidores cautelosos sobre os efeitos da guerra comercial EUA-China

O Ibovespa encerrou com queda mais tímida em relação aos índices acionários de Wall Street nesta quinta-feira, em sessão volátil, com investidores ainda avaliando as possíveis consequências de uma guerra comercial prolongada entre Estados Unidos e China, após adiamento de tarifas aos demais países por 90 dias ter alimentado euforia que levou a um rali histórico nos mercados na véspera.

O Índice Bovespa encerrou com recuo de 1,13%, aos 126.354 Pontos. O volume foi de R$ 25,9 bilhões, acima da média dos últimos 50 pregões, de R$ 16,8 bilhões.

Os vértices ao longo da curva de juros encerraram em alta de até 14 pontos-base, com ênfase na cauda longa, em linha com o movimento dos rendimentos dos yields americanos.

O mercado tambem reagiu ao leilão de títulos pré-fixados (NTN-F e LTN), que teve total absorção, em meio a uma oferta mais enxuta. O Tesouro vendeu 8 milhões de LTN e 1 milhão de NTN-F.

Ao fim da tarde, o dólar futuro operava em alta de 1,24%, cotado a R$5,916 com o real apresentando o pior desempenho ante o dólar em uma cesta de 23 divisas acompanhadas pela Mover. O índice Dólar DXY recuava 1,83%, aos 101,01 pontos.

No cenário político, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta tarde que será encaminhado um projeto de lei para reforma do setor elétrico com proposta de isenção tarifária para o consumo de até 80 kWh por mês. O ministro afirmou que o texto será enviado até o fim desse mês para a Casa Civil.

De acordo com Silveira, com a ampliação da tarifa social, mais de 60 milhões de pessoas passarão a ter gratuidade na conta de luz. Além disso, famílias inscritas no CADÚnico com renda de até um salário mínimo não pagarão a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).

Embora ofuscada pelas tensões comerciais entre EUA e China, que tomam conta das atenções do mercado, o anúncio de Silveira mostra mais uma potencial medida que poderia ajudar em esforços de recuperação da popularidade do governo.

Investidores também avaliaram dados do volume do setor de serviços do Brasil, que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cresceu 0,8% em fevereiro e teve alta de 4,2% na comparação com o mesmo mês de 2024. Os dados ficaram acima da previsão do mercado, de alta mensal de 0,1% e anual de 3,3%.

No mercado acionário, Morgan Stanley elevou a recomendação para as ações brasileiras para “neutro”, dizendo que o país pode se beneficiar de uma mudança na política interna e de taxas mais baixas, à medida que o Banco Central se aproxima do fim do ciclo de aperto monetário.

Os analistas do MS ressaltam que, apesar da melhora na recomendação, permanecem as preocupações sobre o cenário fiscal brasileiro, que pode sofrer ainda mais em um ambiente de preços mais baixos do petróleo.

Ao fim da sessão, as principais detratoras da sessão foram as ON e PN da Petrobras e as ON da PRIO, que recuaram 6,22%, 6,49% e 8,13%, respectivamente.

Os papéis ON da PRIO, da Brava e da Petrobras, lideraram entre as quedas percentuais, cedendo 8,13%, 6,82% e 6,49%, na mesma ordem.

Na ponta positiva, destaque para as ON da LWSA, da Magazine Luiza e da Hapvida, que avançaram 4,58%, 4,50% e 2,78%, nesta ordem.

Nos mercados de commodities, futuros do petróleo Brent para entrega em junho recuavam 3,25% ao fim do dia, a US$63,35 por barril, com investidores ponderando perspectivas de uma guerra comercial cada vez mais profunda entre EUA e China, apesar do adiamento de tarifas dos EUA sobre outros países.

Os futuros do minério de ferro registraram ganhos de 3,06% na bolsa de Dalian na última madrugada, se ajustando ao forte movimento de alta em todas as commodities da véspera.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Ânima (ANIM3)

   A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou o Rating Nacional de Longo Prazo da Ânima para ‘AA(bra)’, de ‘AA-(bra)’. Saiba mais…

   Aura Minerals (AURA33)

   A Aura Minerals anunciou a prévia dos resultados de produção do primeiro trimestre de 2025, referente às suas quatro minas operacionais: Aranzazu, Apoena, Minosa e Almas. Saiba mais…

   Azul (AZUL4)

   A Azul encerrou-se o prazo para exercício do direito de preferência para subscrição de novas ações ordinárias e novas ações preferenciais emitidas pela Companhia no âmbito do aumento de capital aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia em reunião realizada em 20 de fevereiro de 2025. Saiba mais…

   Agrogalaxy (AGXY3)

   A AgroGalaxy informou que o Plano de Recuperação Judicial da Companhia e de suas subsidiárias foi aprovado em Assembleia Geral de Credores. Saiba mais…

   Biomm (BIOM3)

   A Biomm celebrou junto à empresa Qilu Pharmaceutical, um acordo exclusivo para a comercialização e distribuição do medicamento denosumabe no Brasil. Saiba mais…

   Bradesco (BBDC3/BBDC4)

   O Bradesco celebrou um acordo de participação no programa de incentivos Elo, com sua parte relacionada, Elo Serviços, empresa da qual detém indiretamente 50,01% do capital votante, por meio de sua participação indireta na Elo Participações Ltda., a qual detém 99,99% do capital votante da Elo. Saiba mais…

   BRB (BSLI3/BSLI4)

   O Banco de Brasília ainda está conduzindo análises sobre o Banco Master e o preço da compra de ativos da instituição ainda não foi definido mas deve recuar em relação aos indicativos dados pelo grupo brasiliense anteriormente, afirmou o presidente do BRB nesta quinta-feira (10). Saiba mais…

   CCR (CCRO3)

   A CCR apresentou alta de 2,1% no tráfego de veículos nas rodovias que administra no país em março em relação ao mesmo período do ano passado. Saiba mais…

   Cemig (CMIG3/CMIG4)

   A Cemig captou R$ 1,895 bilhão por meio da 13ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia fidejussória adicional, em 2 séries, com valor nominal unitário de R$ 1 mil. Saiba mais…

   Cury (CURY3)

   A construtora Cury informou que suas vendas líquidas somaram R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 35,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo prévia operacional. Saiba mais…

   Eletrobras (ELET3/ELET5/ELET6)

   A Eletrobras atualizou o Boletim de Voto à Distância (BVD) e a Proposta da Administração para a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE), marcada para 29 de abril. A atualização inclui um novo candidato ao conselho de administração. Saiba mais…

   Com aval do governo federal, a Eletrobras busca investidores nacionais e internacionais interessados em adquirir sua participação de 35% no capital votante da Eletronuclear. Saiba mais…

   Embraer (EMBR3)

   A Embraer e a Kenya Airways, uma das principais companhias aéreas da África, assinaram um acordo para o Embraer Collaborative Inventory Planning (Programa de Planejamento Colaborativo de Estoques da Embraer), que otimizará os níveis de estoque e reduzirá os custos operacionais dos jatos E190 em serviço na companhia aérea africana. Saiba mais…

   Hypera (HYPE3)

   O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) suspendeu os direitos políticos da EMS na Hypera até a conclusão da análise sobre a legalidade da participação do Grupo NC — controlador da EMS — na concorrente. As informações são do jornal Valor Econômico. Saiba mais…

   Sabesp (SBSP3)

   A Sabesp informou que suas duas últimas propostas de acordos para liquidação de créditos de precatórios foram aprovadas pela Câmara de Conciliação de Precatórios da Procuradoria Geral do Município de São Paulo. Saiba mais…

   Zamp (ZAMP3)

   A ZAMP aprovou o encerramento do programa de American Depositary Receipts (ADRs) e a rescisão do contrato de depósito, entre a Companhia, o JPMorgan Chase Bank, depositário das American Depositary Shares da Companhia (ADS), representadas por ADRs, cada um representando 4 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, e proprietários e detentores de ADSs. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)