A Starbucks (NASDAQ:SBUX) registrou resultados abaixo do esperado no segundo trimestre fiscal de 2025. O lucro líquido caiu 50% na base anual, para US$ 384,2 milhões, o que corresponde a US$ 0,34 por ação. Ajustado, o lucro por ação foi de US$ 0,41, abaixo dos US$ 0,49 esperados por analistas.

A receita líquida cresceu 2% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 8,76 bilhões, praticamente em linha com as projeções. As vendas globais nas mesmas lojas caíram 1%, com as transações diminuindo 2%, mostrando um recuo na frequência de visitas dos consumidores, especialmente nos Estados Unidos.

Na América do Norte, as vendas nas mesmas lojas caíram 1%, puxadas por uma queda de 4% nas transações. A receita da região cresceu apenas 1%, para US$ 6,47 bilhões. A margem operacional recuou de 18% para 11,6%, pressionada por maiores custos trabalhistas e menor alavancagem operacional.

No segmento internacional, houve leve melhora. As vendas nas mesmas lojas subiram 2%, com crescimento de 3% nas transações. Contudo, a margem operacional caiu de 13,3% para 11,6%, com maior gasto promocional e custos de reestruturação. A receita líquida avançou 6%, para US$ 1,87 bilhão.

O CEO Brian Niccol afirmou que a empresa está em fase inicial de recuperação com o plano “De Volta ao Starbucks”. O plano inclui mais investimento em mão de obra e menor dependência de automação e equipamentos, o que afetou as margens, mas visa melhorar a experiência do cliente e acelerar os pedidos.

Nos desafios externos das tarifas comerciais impostas pelos EUA, que pressionam o custo do café, o CFO Cathy Smith alertou que 10% a 15% dos custos da empresa vêm do café verde importado. A Starbucks está monitorando o impacto das tarifas e considera realocar produção.

As tensões trabalhistas aumentaram. 1.100 cargos corporativos foram cortados como parte da reestruturação, e negociações com trabalhadores sindicalizados seguem travadas. A empresa também pausou os projetos do sistema Cold Pressed Cold Brew e revisará seu portfólio de lojas nos EUA.

As ações da Starbucks negociadas em Nova York recuavam 6,8% no pré-mercado de quarta-feira (30), após o balanço. A Starbucks também é negociada na B3 através da BDR (BOV:SBUB34).