Nos últimos anos, o Brasil testemunhou uma verdadeira revolução no setor de apostas online, muitas por motivos regulatórios. Impulsionada por um ambiente regulatório mais claro, avanços tecnológicos e uma população cada vez mais digitalizada, a indústria de iGaming brasileira vem crescendo a passos largos, apesar das limitações às formas de pagamento.
Com isso, um efeito colateral se destaca: o setor de apostas está se tornando um verdadeiro ímã para fintechs e inovações em meios de pagamento, especificamente brasileiros, justamente por conta das novas regulamentações.
O crescimento das apostas online no Brasil
A regulamentação trazida pela Lei nº 14.790/2023, com vigência efetiva em 2025, deu segurança jurídica para operadores e consumidores por conta das suas regras fortes e claras. O resultado foi imediato: dezenas de plataformas se formalizaram, atraindo tanto investidores quanto uma base de jogadores cada vez maior, mas milhares ficaram de fora e foram inabilitadas.
Estima-se que o volume de apostas no país ultrapasse R$ 12 bilhões anuais em breve. Esse número impressionante traz consigo um desafio logístico e tecnológico: processar pagamentos de forma rápida, segura, fiscalizável e escalável, que se torna mais possível, por exemplo, com a proibição do uso de criptomoedas por conta das regulamentações. A título de exemplo, mesmo algumas fintechs, como Nubank, desestimulam os jogadores a transferirem dinheiro para bets, sugerindo investimentos tradicionais ao invés das apostas.
Em um ambiente onde a experiência do usuário é um fator competitivo crítico, cada segundo conta. Os jogadores exigem que os saques caiam instantaneamente, é aí que mora um dos diferenciais do PIX como forma preferível para usuários, estado e casa de apostas, de forma que que os depósitos sejam confirmados sem atrito, e que a segurança não seja comprometida. Nesse cenário, as fintechs encontraram um terreno ideal para crescer como facilitadoras do processo.
Nesse novo cenário, é sempre bom saber o que pensam os jogadores veteranos no mercado. É nisso que surgem os sites especializados que passaram a ter papel essencial na curadoria do mercado. O AskGamblers BR é um exemplo, e oferece uma seleção dos melhores cassinos online, com avaliações detalhadas, critérios transparentes e comentários de usuários reais, facilitando a escolha para quem busca segurança, bons bônus e uma jogo tranquilo, justo e sem dores de cabeça.
As fintechs percebem uma oportunidade
Com a necessidade de pagamentos digitais eficientes, as fintechs brasileiras viram nas apostas online uma porta de entrada para novos modelos de serviço. Empresas como PicPay, Mercado Pago, Nubank, PagBank e outras já figuram como opções diretas em várias casas de apostas licenciadas, apesar das abordagens variadas. Como já mencionado, o Nubank possui uma política não tão favorável para transferências para as bets, algo que continua despertando debates.
Algumas plataformas também estão firmando parcerias para oferecer funcionalidades exclusivas: pagamentos via QR code integrados ao aplicativo, promoções com cashback via carteira digital e transferências entre jogadores usando somente um número de telefone ou chave Pix. O objetivo é simples: remover fricções do processo financeiro e, já que a escolha final é do jogador, e tornar o processo o mais vantajoso possível.
Essas soluções também aumentam o grau de fidelização, criando um ciclo em que o cliente permanece na plataforma que oferece o melhor ecossistema de pagamentos e também escolha fintechs que melhor apoiam, ou mesmo facilitam, seu hobby.
A criatividade dos apostadores e das plataformas supera o campo esportivo, e eventos globais, como a escolha do novo Papa, também se tornam alvo de especulação. A eleição de Robert Francis Prevost como o Papa Leão XIV, o primeiro pontífice americano da história, movimentou casas de apostas ao redor do mundo, com odds variando conforme rumores, geopolítica e perfil dos cardeais, provando que tudo gera interesse e pode ser comprovado posteriormente pode ser tema de apostas.
O papel do Pix e cartão de crédito da digitalização bancária
Não se pode falar em revolução de pagamentos no Brasil sem mencionar o Pix e o cartão de crédito, forças motoras principais das fintechs e casas de apostas online. Um problema aqui é que a regulamentação proibiu o uso de cartões de crédito, permitindo apenas o débito, que em muito perde para o PIX.
Lançado em 2020, o sistema de transferência instantânea do Banco Central rapidamente se tornou o padrão para depósitos e saques em praticamente tudo no Brasil, e não foi diferente nas plataformas de apostas.
A principal vantagem do Pix é ser instantâneo, que a depender da situação, é ainda mais forte que do cartão. O jogador realiza um pagamento e, em poucos segundos, já pode apostar. O mesmo ocorre com os saques, eliminando a espera de 2 ou 3 dias úteis (nas melhores casas, algumas ainda demoram mesmo no ‘’PIX’’), tão comum nos sistemas bancários tradicionais.
A facilidade de uso também impulsionou a adoção de funcionalidades como QR Code e Pix Copia e Cola, que são perfeitamente integráveis em interfaces de aplicativo, diferente do cartão, que exige diversas informações, até mais sensíveis. Além disso, o Pix promove inclusão financeira ao permitir que brasileiros sem conta em banco tradicional consigam usar uma conta digital para operar em plataformas de apostas, visto que é possível criar um conta numa fintech rapidamente e de casa, sem necessidade de ir em uma instituição bancário ou mesmo se comprometer com anuidades bancárias.
Inovações e tendências de pagamento
Além do Pix, outras inovações vêm sendo adotadas com velocidade surpreendente. As carteiras digitais integradas à conta de jogo permitem que o usuário faça saques e depósitos internos, sem depender de interação bancária direta, apesar de que as transações ainda são monitoradas e rastreadas pelo Banco Central.
A tokenização de pagamentos por voltar a ser realidade em breve com a implementação do Drex, criptomoeda (ou quase, há divergências por conta do modelo centralizado, mas ainda é uma moeda baseada em tecnologia de registros distribuídos, ou Digital Ledger Technology), ou apenas moeda digital brasileira, prevista para ser lançada ainda em 2025.
A utilização de carteiras multimoeda, não expressamente proibidas pela nova regulamentação, também são uma realidade em implementação, cada uma com suas vantagens. Junto a isso, vemos o crescimento de soluções antifraude baseadas em IA, com autenticação facial, machine learning para detectar padrões suspeitos e sistemas de reputação comportamental, enfim, a proteção de dados e integridade da transação é a palavra-chave principal.
Esse ambiente de inovação constante em apostas acompanha um mundo esportivo igualmente dinâmico, onde recordes e acontecimentos inusitados ganham repercussão, e até viram oportunidade de aposta. Um exemplo curioso foi o da jogadora irlandesa que entrou para o Guinness ao realizar a cobrança de lateral mais longa da história do futebol feminino, evento que gerou engajamento online.
Conclusão
A resposta é clara: sim, a indústria de apostas online do Brasil é hoje um poderoso ímã para fintechs e inovações de pagamento. O setor não apenas se beneficia dessas soluções, como também as impulsiona, ajudando a movimentar bilhões de reais de forma simplificada dentro do mercado nacional.
Vivemos um ciclo virtuoso: quanto mais robusto o mercado de apostas, maior a pressão por melhorias em experiências de pagamento, impulsionadas pelas restrições legislativas.
Diante disso, o Brasil pode emergir como referência global em integração entre iGaming e inovação financeira, transformando o que antes era um mercado marginalizado em um dos motores da digitalização econômica nacional, cibersegurança e compliance.
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