O Bitcoin (COIN:BTCUSD) superou os US$ 100 mil nesta quinta-feira (8), impulsionado por um renovado apetite por risco nos mercados globais. A valorização de 3,8% em 24 horas levou o preço da criptomoeda a US$ 100.800, aproximando-se do recorde de US$ 109 mil registrado em janeiro, quando Donald Trump reassumiu a presidência dos EUA.

O rali ocorre após o anúncio de um acordo preliminar entre Estados Unidos e Reino Unido que deve reduzir barreiras comerciais para produtos americanos.

Trump afirmou que o pacto inclui facilitação alfandegária e abertura para exportações agrícolas, químicas, energéticas e industriais. Os detalhes finais serão negociados nas próximas semanas.

A notícia foi o primeiro gesto do governo Trump desde a imposição de tarifas elevadas a diversos parceiros comerciais. A notícia foi interpretada como um possível ponto de inflexão no clima de guerra comercial, gerando otimismo não apenas no mercado de criptoativos, mas também nas bolsas asiáticas, europeias e nos futuros de Wall Street.

Investidores aguardam com expectativa as negociações comerciais previstas para o fim de semana entre os EUA e a China, na Suíça. A possibilidade de avanço nessas conversas amplia a percepção de alívio geopolítico, favorecendo ativos mais voláteis e de maior risco, como criptomoedas.

Entre as maiores criptomoedas do mercado, Ethereum (COIN:ETHUSD) subiu 13% para US$ 2.047, enquanto Solana (COIN:SOLUSD) avançou 9%, e Dogecoin (COIN:DOGEUSD) teve alta de 10,3%. No entanto, o desempenho anual (YTD) de diversas criptos segue negativo.

Ontem, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou que ainda não há condições para flexibilizar a política monetária. Com os juros dos EUA mantidos entre 4,25% e 4,50%, o custo de capital elevado pode continuar pressionando o setor de criptoativos no médio prazo.