Esse é o Morning Call ADVFN,  30 de maio de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam no campo negativo, após incertezas tarifárias, depois que um tribunal federal de apelações restabelecer temporariamente as tarifas globais impostas pelo presidente Donald Trump.

Nos Estados Unidos,  os índices futuros operam em baixa. Apesar do elevado nível de incerteza, as ações caminham para encerrar maio com ganhos expressivos. No mês, o S&P 500 acumula alta superior a 6%, enquanto o Nasdaq Composite avança cerca de 10%. Já o Dow Jones, composto por 30 ações, registra valorização de aproximadamente 4%.

Na quarta-feira, o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA havia bloqueado as chamadas tarifas “recíprocas” impostas por Washington a parceiros comerciais, com o argumento de que o presidente Donald Trump havia excedido sua autoridade no assunto. Ontem, a Corte de Apelações suspendeu uma decisão tomada no dia anterior por um tribunal comercial, que havia considerado ilegais e bloqueado parte das tarifas implementadas pela gestão Trump. A medida provisória concede tempo para que o caso seja analisado com mais profundidade, e o governo norte-americano deverá apresentar seus argumentos até 9 de junho.

Os investidores aguarda uma nova leitura do indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed), o índice de gastos de consumo pessoal (PCE).

O CEO da Tesla anunciou sua saída do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado por Trump para cortar gastos. Musk disse que cumpriu seu “tempo programado” e agora volta a focar nas suas empresas. Musk ainda afirmou que a missão DOGE só se fortalecerá com o tempo.

Na Europa,  as bolsas operam em alta, ensaiando recuperação de perdas dos dois pregões anteriores, apesar das incertezas criadas pela disputa judicial em torno das tarifas do governo Trump. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,63%, a 551,32 pontos, preparando o terreno para encerrar maio com o primeiro desempenho positivo em três meses, tendo acumulado ganhos de mais de 4% neste mês em meio ao alívio nas tensões comerciais, principalmente entre EUA e China.

A batalha jurídica deflagrada pelas tarifas dos EUA, no entanto, é fator de preocupação. Na quarta-feira, o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA havia bloqueado as tarifas de Washington, com o argumento de que o presidente Donald Trump havia excedido sua autoridade no assunto. Ontem, porém, uma corte de apelações anulou a decisão da véspera.

Além disso, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, comentou ontem em entrevista à Fox News que as negociações comerciais entre EUA a China estão “um pouco travadas”. No noticiário macroeconômico, o setor varejista da Alemanha decepcionou com uma queda maior do que se previa nas vendas de abril. Ainda hoje será divulgada prévia da inflação ao consumidor (CPI) alemão de maio.

Na Ásia,  os mercados fecharam em baixa, diante das incertezas da disputa judicial em torno das tarifas do governo Trump e da falta de sinais de avanços nas conversas tarifárias entre EUA e China.

Liderando as perdas na Ásia, o índice japonês Nikkei caiu 1,22% em Tóquio, a 37.965,10 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 1,20% em Hong Kong, a 23.289,77 pontos, e o sul-coreano Kospi teve perda de 0,84% em Seul, a 2.697,67 pontos. Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,47%, a 3.347,49 pontos, e o Shenzhen Composto caiu 1,06%, a 1.971,86 pontos. Em Taiwan, não houve negócios hoje em função de um feriado.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 61,12 (+0,30%).

O Brent  é negociado a US$ 64,27   (+0,19%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 104.964,32  (-0,84%).

Ouro:

Negociado a US$ 3.295,86  a onça-troy (-0,59%).

Minério de ferro: 

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,43%, a 702 iuanes (US$ 97,44).

Brasil:

Imposto de Renda: O prazo para declarar o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025 termina às 23h59min de hoje, 30 de maio. De acordo com a Receita Federal, até a última sexta, dia 23, pouco mais de 65% dos contribuintes haviam entregado a declaração.

No dia 23 de maio, a Receita Federal liberou a consulta ao primeiro lote da restituição do Imposto de Renda 2025. O valor será pago na sexta-feira (30), quando termina o prazo para a entrega da declaração deste ano.

Como saber se a restituição do IR está disponível? O primeiro passo é saber se a restituição do Imposto de Renda 2025 já foi processada.

Você consegue obter essa informação no site da Receita Federal, que também traz a informação sobre o lote no qual a restituição será paga. No site, vá em Consulta à Restituição e informe CPF, data de nascimento, exercício da declaração e código verificador.  Também é possível fazer a consulta no portal de serviços da Receita Federal. Na primeira página, procure por “Consultar Meu Imposto de Renda”. Ao clicar em “Iniciar”, abrirá a tela do gov.br para que você se identifique e faça a consulta.

A lista de prioridades da Receita Federal tem a seguinte ordem:

• 1° lote: pessoas com mais de 80 anos;
• 2° lote: pessoas com mais de 60 anos e pessoas com deficiência e moléstia grave;
• 3° lote: professores cuja fonte principal de renda tenha sido o magistério;
• 4° lote: contribuintes que utilizaram a declaração pré-preenchida e optaram por receber a restituição via Pix;
• 5° lote: demais contribuintes, de acordo com a ordem de entrega da declaração.

Economia:

✔️ Mercado Pago: O braço financeiro do Mercado Livre vai solicitar autorização para operar como banco digital na Argentina, expandindo além de pagamentos para oferecer crédito, investimentos e outros serviços financeiros. A jogada faz sentido: Argentina é um dos mercados mais importantes da região para a empresa, e a licença bancária é o próximo passo natural para dominar o setor financeiro local.

✔️ C&A corre para vender mais por metro quadrado. A varejista de moda investe pesado em otimização de layout e mix de produtos para extrair mais receita de cada metro quadrado de loja física. A estratégia é típica do varejo tradicional lutando para justificar custos de pontos físicos numa era dominada pelo e-commerce.

✔️ Itaú (ITUB4): O banco Itaú anunciou, via fato relevante, que Conselho de Administração aprovou pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor de R$ 0,3341 por ação.

✔️ Leilão de terminal em Santos pode naufragar. Novo terminal do Porto de Santos luta para atrair interessados, com leilão correndo risco de fracassar. Problemas na expansão do principal porto brasileiro podem afetar a logística nacional.

✔️ Fraude: INSS limita acesso a dados de aposentados de 3.000 para 13 servidores. Após fraude de R$ 6,3 bilhões, o INSS restringiu drasticamente o número de pessoas com acesso ao banco de dados dos 40 milhões de beneficiários. Antes, 3 mil servidores tinham acesso; agora, apenas 13, segundo o ministro Wolney Queiroz.

✔️ Impostos: A primeira decisão da Justiça sobre a nova tributação do IOF em operações de risco sacado foi desfavorável às empresas. O juiz Eduardo Didonet Teixeira, da 9ª Vara Federal de Florianópolis, negou um pedido de liminar feito pela fabricante de embalagens Copobras, que buscava afastar a incidência do imposto sobre essas operações. Publicado na semana passada, o Decreto nº 12.466 alterou o entendimento legal ao classificar o risco sacado como operação de crédito, aplicando a alíquota de 3,5% do IOF.

Segundo a Copobras, a cobrança é inconstitucional e contraria o Código Tributário Nacional, já que essas operações, na prática, configuram uma cessão de crédito sem coobrigação — ou seja, não há empréstimo, nem assunção de dívida onerosa. A empresa alegou ainda que, mesmo que a tributação fosse aceita, deveria ao menos respeitar o princípio da anterioridade, que impede a cobrança imediata de tributos.

O custo estimado pela Copobras com o pagamento do IOF, caso a tributação seja mantida, é de R$ 480 milhões. A empresa deve recorrer da decisão, mas já estuda suspender as operações de risco sacado até que haja uma decisão mais favorável.

Além dessa ação, foi protocolada uma ação popular contra o decreto, que, se acolhida, poderá ter efeito nacional. O processo não trata apenas do risco sacado, mas questiona a validade de todo o decreto, alegando que sua motivação principal é arrecadatória e que a medida prejudica o compromisso do Brasil com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que previa a redução gradual do IOF nos próximos anos.

Agenda Econômica:

🇧🇷 08h30 – BC: Resultado fiscal do setor público consolidado em abril
🇧🇷 09h00 – IBGE: PIB do 1Tri ⚠️
🇩🇪 09h00 – Alemanha: CPI de maio
🇺🇸 09h30 – EUA: Inflação do PCE em abril ⚠️
🇺🇸 10h45 – EUA: PMI/ISM de Chicago de maio
🇺🇸 11h00 – EUA: Sentimento do consumidor medido pela Univ. Michigan em maio
🇺🇸 14h00 – EUA: Dados de petróleo da Baker Hughes
🇨🇳 22h30 – China: PMI industrial e de serviços de maio
🇧🇷 Aneel – Bandeira tarifária de junho

Eventos ⚠️
🇺🇸 13h20 – EUA: Raphel Bostic (Fed) faz discurso
🇺🇸 14h30 – Trump faz coletiva de despedida de Musk do governo
🇺🇸 20h30 – EUA: Austan Goolsbee (Fed) participa de evento

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em baixa de 0,25%, aos 138.533 pontos. O volume de negociação na bolsa foi de R$ 17,9 bilhões, abaixo da média.

Dólar:

O dólar fechou em baixa de 0,50%, a R$ 5,6670.

IFIX:

O índice fechou em alta de 0,09%, aos 3.446,02 pontos. A mínima foi de 3.439,80 pontos e a máxima de 3.447,74 pontos.

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Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)