Palo Alto Networks supera lucro esperado, mas ações caem com margens pressionadas

As ações da Palo Alto Networks (NASDAQ:PANW) caíam 6% em verificação feita no início da tarde de quarta-feira, 21 de maio de 2025, em reação à divulgação dos resultados do terceiro trimestre fiscal acima do esperado em lucro e receita, mas a margem bruta abaixo das projeções e uma perspectiva conservadora.

A Palo Alto Networks também é negociada na B3 através da BDR (BOV:P2AN34), que ao mesmo tempo recuavam 7,1%, cotadas a R$ 17,19 reais.

O lucro ajustado por ação ficou em US$ 0,80, superando a estimativa de US$ 0,77. A receita atingiu US$ 2,29 bilhões, ligeiramente acima da previsão de US$ 2,28 bilhões e 15% maior que os US$ 1,98 bilhão do mesmo período do ano anterior.

O lucro líquido GAAP caiu para US$ 262,1 milhões, ou US$ 0,37 por ação, em comparação com US$ 278,8 milhões e US$ 0,39 por ação no ano anterior. A margem bruta não-GAAP foi de 76%, abaixo dos 77,2% esperados pelos analistas.

O ARR de segurança de próxima geração saltou 34% ano a ano, alcançando US$ 5,1 bilhões. A obrigação de desempenho restante, ou RPO (um indicador de receita futura com contratos existentes), cresceu 19%, somando US$ 13,5 bilhões.

Para o quarto trimestre, a empresa prevê receita entre US$ 2,49 bilhões e US$ 2,51 bilhões e lucro ajustado por ação entre US$ 0,87 e US$ 0,89, ambos ligeiramente acima das expectativas do mercado. A previsão de ARR varia entre US$ 5,52 bilhões e US$ 5,57 bilhões.

A projeção anual foi mantida: receita de até US$ 9,19 bilhões (+14% ao ano), margem operacional ajustada de até 28,5% e lucro diluído por ação de até US$ 3,28. O capex ficou em US$ 68,3 milhões, abaixo dos US$ 70,8 milhões esperados.

A empresa aposta na expansão de sua plataforma integrada de segurança como alicerce de crescimento contínuo. Mesmo com boas entregas operacionais, analistas se dividem. Enquanto a Jefferies mantém recomendação de compra, a Guggenheim segue pessimista.

As ações negociadas em Nova York apresentam 21,6% de alta anual, mas apresentam queda de 5,1% no acumulado de 6 meses. Já as BDRs perdem 54,0% no semestre.