O Bitcoin (COIN:BTCUSD) retomou o fôlego e superou brevemente os US$ 106 mil em 3 de junho, antes de voltar a retrair. No momento da escrita, às 15h45 (horário de Brasília), está cotado em alta de 1,4% a US$ 105.842.

O ativo subiu 0,64% no sábado, mais 0,93% no domingo, +0,24% na segunda-feira, e ainda sustenta uma recuperação hoje mesmo diante do ambiente macroeconômico global mais volátil e menor apetite institucional.

No curto prazo, o BTC encontra suporte entre US$ 103 mil e US$ 104 mil, com resistência imediata em US$ 106 mil.

Segundo o analista Guilherme Prado, country manager da Bitget, caso a barreira de US$ 106 mil seja superada com mais consistência, “o ativo pode buscar a faixa de US$ 110 mil a US$ 112 mil, enquanto a perda dos US$ 103 mil pode abrir espaço para uma correção até US$ 100 mil ou US$ 97.600.”

Análises técnicas apontam concentração de liquidez nas extremidades do atual intervalo de negociação. O mercado pode buscar capturar liquidez tanto acima de US$ 110 mil quanto abaixo de US$ 103 mil, dependendo da força do fluxo de ordens em cada faixa.

Há mais de US$ 263 milhões em ordens de compra abaixo de US$ 98 mil, o que pode servir de barreira contra quedas mais acentuadas. No entanto, não há um catalisador claro para romper novas máximas históricas no curto prazo.

Do ponto de vista on-chain, a Glassnode aponta que a realização de lucros está em curso, mas sem sinais de euforia. O ganho médio por transação está em 16%, e apenas 8% dos dias de negociação foram mais lucrativos, o que indica espaço para mais valorização antes de um topo cíclico.

Embora o BTC se encontre no quarto dia consecutivo de alta, na véspera os ETFs de Bitcoin à vista nos EUA registraram saídas de US$ 267,5 milhões, enquanto o cenário geopolítico, com a escalada de tensões entre EUA e China, continua a afetar os ativos de risco.