O Bitcoin (COIN:BTCUSD) recuperou algum terreno após cair brevemente para uma mínima de US$ 100.345,73, fechando em US$ 101.653,20, uma baixa de 3,02% na quinta-feira. Nas últimas 24 horas, na manhã de sexta-feira (6), o preço está de volta ao patamar de US$ 104.000.

Apesar da recuperação, analistas técnicos indicam que o movimento pode ser apenas um “reteste” da linha de pescoço do padrão de cabeça e ombros, sinalizando possível continuação da tendência de baixa.

O nível de US$ 100.000 está sendo testado como suporte crítico.

Abaixo disso, a próxima zona relevante é US$ 95.500, derivada da projeção técnica do rompimento anterior. Por outro lado, um rompimento consistente acima de US$ 107.000 poderia invalidar a formação de baixa e reacender o otimismo em direção a novas máximas.

A recente queda coincidiu com um confronto público entre Elon Musk e Donald Trump, gerando incerteza com o atrito político e repercussão no mercado cripto.

A tensão entre as duas figuras contribuiu para a liquidação de cerca de US$ 308 milhões em posições compradas em Bitcoin, alimentando uma onda de vendas.

A Tesla perdeu US$ 150 bilhões em valor de mercado após ameaças de Trump de cortar contratos e subsídios às empresas de Musk, incluindo a SpaceX. Essa instabilidade atingiu o apetite por risco dos investidores, inclusive as criptomoedas.

Indicadores on-chain, como reservas cambiais e taxa de hash, permanecem estáveis, indicando que a pressão de venda foi motivada por fatores externos e sentimentais, e não por deterioração fundamental do ativo.

O suporte psicológico de US$ 100.000 continua atraindo compradores. A expectativa agora se volta para os dados de emprego dos EUA, que serão divulgados em breve.

Caso a taxa de desemprego suba, aumenta a chance de flexibilização monetária, o que pode impulsionar os mercados e alterar a perspectiva dos ativos de risco, que engloba o Bitcoin.