O dólar à vista recuou diante do real nesta sexta-feira e atingiu o menor valor em 10 meses, na contramão da tendência de alta da moeda americana no exterior, após os dados do mercado de trabalho nos EUA afastarem as preocupações de uma recessão no país.
Operadores não viram um motivo específico para o bom desempenho da moeda brasileira hoje, mas destacaram que o movimento foi visto em algumas moedas emergentes, como o peso mexicano (-0,30%, a 19,10 pesos/US$) e a lira turca (-0,14%, a 39,23 liras/US$).
O dólar à vista fechou em baixa de 0,26%, a R$ 5,5698, após oscilar entre R$ 5,5603 e R$ 5,6179. Na semana, a moeda americana recuou 2,62% diante do real, acumulando perda de quase 10% (-9,88%) em 2025.
Às 17h14, o dólar futuro para julho recuava 0,35%, a R$ 5,5930. O índice DXY subia 0,46%, aos 99,193 pontos. O euro caía 0,44%, para US$ 1,1396. E a libra perdia 0,34%, a US$ 1,3530.
O que aconteceu com dólar hoje?
Após fechar no menor nível em 8 meses, abaixo de R$ 5,60, o dólar à vista abriu perto da estabilidade nesta sexta. A divisa americana opera com alta, com invesitodres repercutindo dados do mercado de trabalho americano, enquanto temores fiscais permanecem no radar.
O governo norte-americano informou mais cedo que foram abertas 139.000 vagas de emprego no país em maio, em uma desaceleração em relação aos 147.000 empregos criados no mês anterior, mas um pouco acima previsto na pesquisa da Reuters de 130.000 vagas.
O resultado veio na contramão da tendência de outros dados fracos sobre a economia dos EUA nesta semana, que teve acirrado nas preocupações de investidores e economistas com o impacto da política comercial errática de Trump sobre a atividade.
Desde que o presidente anunciou suas tarifas do “Dia da Libertação” em 2 de abril, analisamos apontar que os EUA podem ser o país mais prejudicado pelas taxas de importação, com uma chance específica de uma recessão. No primeiro trimestre, a economia contraiu a uma taxa anualizada de 0,2%.
Em meio a esse cenário, e diante das incertezas sobre as negociações comerciais dos EUA com parceiros, os investidores optaram por reduzir sua exposição em ativos em dólares e planejaram cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve, dois fatores baixistas para a divisa dos EUA.
Os números desta sexta, entretanto, mantiveram os agentes refratários a grandes apostas em qualquer direção, impactando na pouca volatilidade no mercado de câmbio brasileiro.
Os operadores continuaram a precificar dois cortes de 25 pontos-base pelo Fed neste ano, com o primeiro ocorrido em setembro. A probabilidade do segundo corte caiu abaixo de 100%, mas ainda se mantém alta.
Agora os investidores aguardam novidades sobre as negociações dos EUA com parceiros a fim de projetar qual será o panorama das tarifas de Trump daqui para frente.
Na cena doméstica, o mercado entrará no fim da semana atento às notícias sobre as discussões entre governo e Congresso em relação ao decreto do Executivo que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que terá uma reunião com lideranças partidárias no domingo para apresentar as alternativas à medida que gerou grande insatisfação entre os parlamentares.
“Os investidores se mantêm em compasso de espera, podem fazer algum ajuste de posição enquanto aguardam pelo fim da semana, quando estiver programada a reunião da equipe econômica com os líderes partidários”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
“Eles monitoraram para ver qual vai ser o estágio dessa questão do aumento do IOF”, completou.
Os investidores temem que a recente queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa levar o governo a adotar medidas que aumentem os gastos e gerem mais pressão sobre a dívida pública.
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(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)
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