O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, pressionado pela possível judicialização, pelo governo, da derrubada do decreto do IOF pelo Congresso nesta semana, enquanto os índices acionários de Wall Street renovaram máximas recordes de fechamento, com aumento de precificações de corte de juros pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) no segundo semestre.
O Índice Bovespa encerrou com perdas de 0,18%, aos 136.865 pontos. O volume de negociação foi de R$ 16,5 bilhões, muito abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$17,1 bilhões. Em termos semanais, o Ibovespa teve queda de 0,18%.
Os vértices da curva de juros encerraram sem direção definida, com a cauda longa avançando até 2,0 pontos-base, enquanto cauda curta perdeu 0,5 pontos-base. Mais cedo, taxa de desemprego para trimestre encerrado em maio veio abaixo do consenso, de acordo com PNAD.
Ao fim do dia, o dólar futuro operava em alta de 0,09%, cotado a R$5,488. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho da moeda ante uma cesta de divisas, recuava 0,01%, aos 97,3 pontos.
A leitura da taxa de desemprego para o trimestre encerrado em maio recuou a 6,2%, abaixo do consenso, de 6,4%, um dia após Relatório de Política Monetária do Banco Central sugerir viés “hawkish” para política monetária, de acordo com agentes de mercado. No final da tarde, Agência Nacional de Energia Elétrica confirmou que contas de luz seguem com bandeira vermelha nível 1 em julho.
Mais cedo, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, rechaçou discussão sobre corte de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) neste momento. Segundo ele, o debate para flexibilização monetária “não faz parte do Copom”, e complementou que a taxa básica de juro pode ficar inalterada “por período prolongado”.
No âmbito político, analistas veem maior chance de mudança na meta fiscal após Congresso suspender aumento de IOF aprovado pelo governo via decreto. O presidente Lula deu aval para que o governo discuta contestar a derrubada do IOF no Supremo Tribunal Federal, vendo derrota no Congresso como chance para ampliar debate sobre “tributação dos mais ricos”, que na visão dele favorece o PT, segundo coluna na Folha de S. Paulo.
A decisão do Congresso gerou mal-estar entre Fernando Haddad, da Fazenda, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, que estaria evitando telefonemas do ministro, por atribuir a ele críticas à sua conduta publicadas na imprensa, de acordo com reportagem na Folha.
Entre os fatores por trás do movimento do Congresso contra o governo na questão do IOF estaria pressão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pela demissão do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, segundo apuração do Estadão.
Em entrevista à GloboNews, ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o país precisa reduzir isenções fiscais, e o governo continuará tentando “corrigir distorções” no sistema tributário, após Congresso derrubar decreto do IOF. De acordo com ele, Lula pediu a AGU que analise se derrubada do decreto usurpa suas prerrogativas, e recorrerá em caso de resposta positiva.
Mais cedo, Haddad disse que “há um embate contra um governo que está buscando justiça social”, e “espanto” pela tentativa de “chamar a turma da cobertura para pagar condomínio”. “A desigualdade tem que ser corrigida junto com o ajuste (fiscal), não depois”, defendeu, em palestra na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
As maiores detratoras do Ibovespa foram as ON de Petrobras, PN de Petrobras e ON de Weg, que recuaram 1,23%, 0,79% e 1,67%, respectivamente.
As maiores quedas percentuais do Ibovespa foram as ON de Vamos, Brava e Cosan, que recuaram 6,56%, 3,59% e 2,46%, respectivamente.
Os futuros do Brent aceleraram trajetória de queda, operando perto da mínima intradiária ao fim do dia, após Bloomberg reportar que Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) consideraria, na reunião de julho, aumentar a produção em 411 mil barris por dia a partir de agosto – no mesmo ritmo visto nas reuniões anteriores.
Ao fim do dia, os futuros do Brent recuavam 1,96%, a US$66,40 por barril.
Os futuros do minério de ferro de Dalian tiveram alta de 1,99%, a US$99,96 a tonelada, em razão de sentimento favorável pela redução de estoques de aço longo em siderúrgicas chinesas.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/06/2025 | -0,18% | 136.786,65 | R$ 20,8 bilhões |
03/06/2025 | 0,56% | 137.546,26 | R$ 21,6 bilhões |
04/06/2025 | -0,40% | 137.001,58 | R$ 21,7 bilhões |
05/06/2025 | -0,56% | 136.236,37 | R$ 22,0 bilhões |
06/06/2025 | -0,10% | 136.102,10 | R$ 24,4 bilhões |
09/06/2025 | -0,30% | 135.699,38 | R$ 19,7 bilhões |
10/06/2025 | 0,54% | 136.436,07 | R$ 20,5 bilhões |
11/06/2025 | 0,51% | 137.128,04 | R$ 21,4 bilhões |
12/06/2025 | 0,49% | 137.799,74 | R$ 28,6 bilhões |
16/06/2025 | 1,49% | 139.258,34 | R$ 22,0 bilhões |
17/06/2025 | -0,30% | 138.840,02 | R$ 22,6 bilhões |
18/06/2025 | -0,09% | 138.716,64 | R$ 32,9 bilhões |
20/06/2025 | -1,15% | 137.115,83 | R$ 31 bilhões |
23/06/2025 | -0,41% | 136.550,50 | R$ 20,4 bilhões |
24/06/2025 | 0,45% | 137.164,61 | R$ 21,2 bilhões |
25/06/2025 | -1,02% | 135.767,29 | R$ 18,8 bilhões |
26/06/2025 | 0,99% | 137.113,89 | R$ 21,9 bilhões |
27/06/2025 | -0,18% | 136.865,79 | R$ 16,5 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
B3 (B3SA3)
A B3 lança para o mercado nesta segunda-feira (30) três novos derivativos: o Contrato Futuro Micro, de Rolagem e de Opções relacionadas ao índice Bovespa B3 BR+ (IBBR), indicador do desempenho médio das cotações dos ativos com maior negociabilidade e representatividade do mercado, que inclui também as empresas brasileiras listadas no exterior. Os investidores poderão acessar os novos produtos por meio de suas corretoras. Saiba mais…
Banco Bmg (BMGB4)
O Banco Bmg deliberou aprovar um novo programa de recompra de ações, que passará a vigorar a partir de 27 de junho de 2025, autorizando a aquisição de até 12.961.497 ações preferenciais de emissão própria, sem redução do valor do capital social, correspondentes a até 10,00% das ações em circulação, reduzido do número atual de ações em tesouraria, para manutenção em tesouraria, cancelamento ou recolocação no mercado ou, ainda, pagamento de remuneração a executivos e demais beneficiários do Banco no âmbito de planos de incentivo de longo prazo do Banco. Saiba mais…
Casas Bahia (BHIA3)
A Casas Bahia anunciou que a Mapa Capital acertou um acordo não vinculante com Bradesco e Banco do Brasil envolvendo debêntures conversíveis da rede de varejo detidas pelas duas instituições financeiras, e que pode resultar na gestora controlando participação majoritária na companhia. Saiba mais…
Cogna (COGN3)
A Cogna Educação assinou um contrato de empréstimo com a International Finance Corporation (IFC), para financiar a transformação digital das atividades de graduação e da pósgraduação da Kroton, vertical de ensino superior da companhia, nos próximos três anos. Saiba mais…
Cury (CURY3)
A Cury informou o encerramento antecipado do programa de alienação de ações da Companhia, cuja criação foi aprovada em reunião do Conselho de Administração realizada em 24 de abril de 2025. Saiba mais…
Ecorodovias (ECOR3)
A Ecorodovias venceu na quinta-feira (26) o leilão para continuar operando a concessão Ecovias 101, sendo a única empresa a apresentar lance. A Ecovias 101 apresentou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, na sigla em inglês) ajustado de R$ 101 milhões em 2024, e o BBI estima que esse valor poderá chegar a R$ 115 milhões no primeiro ano do novo contrato e a R$ 526 milhões no quinto ano. Saiba mais…
Embraer (EMBR3)
A Embraer anunciou um novo contrato de manutenção com a CommuteAir para suas novas instalações dedicadas à aviação comercial no Aeroporto Perot Field Alliance em Fort Worth, Texas. O acordo é voltado para serviços de manutenção, reparo e revisão (MRO, na sigla em inglês) para as aeronaves Embraer que operam na frota da CommuteAir. Saiba mais…
Engie Brasil Energia (EGIE3)
A Engie Brasil comunicou uma reestruturação em sua Diretoria Executiva, com mudanças que entram em vigor a partir de 1º de julho de 2025. Segundo a companhia, a reorganização visa alinhar a estrutura local ao modelo global do Grupo Engie, com foco estratégico nas diferentes linhas de negócios da empresa. Saiba mais…
MRV (MRVE3)
A MRV Engenharia e Participações informou que foi recebido, o valor de US$ 62 milhões referente à liquidação da venda do empreendimento Dallas West e do terreno Weatherford. Saiba mais…
Raízen (RAIZ4)
A Raízen informou que, sua subsidiária Raízen Fuels Finance, precificou a emissão de US$ 75 milhões em notes com vencimento em 2032 e cupom de 6,25% ao ano, garantidos pela Companhia e pela Raízen Energia. Saiba mais…
Serena Energia (SRNA3)
A Serena Energia informou que seus acionistas aprovaram, em Assembleia Geral Extraordinária, a dispensa da obrigação de realizar uma OPA por aquisição de participação relevante no contexto da oferta pública para conversão de seu registro de emissora categoria “A” para “B” e saída do Novo Mercado da B3. Saiba mais…
Vale (VALE3)
A Vale já definiu a execução de metade dos R$ 70 bilhões de investimentos previstos no Programa Novo Carajás até 2030, dentro do plano de expandir minas e aumentar a produção de minério de ferro para 200 milhões de toneladas ao ano no complexo do Pará, além de elevar em 32% a extração de cobre. Saiba mais…
Yduqs (YDUQ3)
A Yduqs tomou conhecimento da renúncia apresentada pelo Sr. Bernardo Augusto Lobão dos Santos, aos cargos de membro do Conselho de Administração e membro do Comitê de Auditoria e Finanças, para assumir um cargo executivo na Companhia, com eficácia a partir de 7 de julho de 2025. Saiba mais…
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