A Meta (NASDAQ:META) anunciou uma reestruturação em seus esforços de inteligência artificial com a criação do Meta Superintelligence Labs (MSL). O novo grupo integrará todas as equipes de modelos fundamentais, produtos e pesquisas da empresa, incluindo o projeto de IA generativa Llama e a equipe FAIR.

O MSL será liderado por Alexandr Wang, ex-CEO da Scale AI, nomeado Diretor de IA da Meta. Mark Zuckerberg o descreveu como “o fundador mais impressionante de sua geração”. Ao lado de Wang estará Nat Friedman, ex-CEO do GitHub, responsável por produtos de IA e pesquisa aplicada.

A Meta pretende investir centenas de bilhões de dólares nos próximos anos no desenvolvimento de superinteligência — sistemas que executam tarefas tão bem quanto ou melhor que humanos. Segundo Zuckerberg, essa é “a tecnologia mais importante para os próximos 10 a 15 anos”.

No início de junho, a Meta investiu US$ 14,3 bilhões na Scale AI, em um movimento que resultou na contratação de Wang e outros talentos. A empresa também tentou adquirir a Safe Superintelligence, de Ilya Sutskever, mas teve sua proposta recusada.

A disputa por talentos está intensa. A Meta recrutou nomes de peso da OpenAI, DeepMind, Anthropic e Google. Alguns receberam bônus de contratação na casa dos US$ 100 milhões, segundo o CEO da OpenAI, Sam Altman. O CTO da Meta, Andrew Bosworth, chamou o momento de “sem precedentes” no mercado de tecnologia.

Entre os novos contratados estão cocriadores do GPT-4o e modelos da Gemini, além de especialistas em raciocínio simbólico, geração de imagem e percepção multimodal. A Meta espera que essa elite técnica impulsione os modelos Llama 4.1 e 4.2, que já atendem mais de 1 bilhão de usuários.

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O memorando interno de Zuckerberg revelou também planos para um novo laboratório focado na próxima geração de modelos. O CEO da Meta afirmou ter feito pessoalmente o recrutamento, inclusive recebendo candidatos em suas residências em Palo Alto e Lake Tahoe.

Apesar de gastos colossais, Zuckerberg alertou que o excesso de investimentos pode ser um risco. No entanto, ele acredita que não investir em IA é ainda mais perigoso, já que ficar para trás nesse setor significa perder relevância diante da maior transformação tecnológica do século.

Na segunda-feira (30), o mercado respondeu com otimismo: as ações da Meta atingiram o recorde de US$ 747,90, fechando cotadas a US$ 738,09, após uma alta de 0,61%. No mês de junho, as ações acumularam alta de 14,46%.

A Meta Platforms também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:M1TA34), que acumulou alta mensal de 9,07%, e alta trimestral de 38,86%.