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Oscilação do petróleo e tensão global podem afetar ações e dividendos da Petrobras?

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O ataque dos Estados Unidos ao Irã provocou uma alta imediata no preço do petróleo, mas a commodity recuou logo em seguida com o alívio das tensões e o anúncio de um cessar-fogo por Donald Trump. Diante desse vai e vem, uma questão surgiu no mercado: a oscilação do petróleo e o cenário geopolítico global podem afetar as ações da Petrobras e a distribuição de dividendos?

Especialistas avaliam que, mesmo com a trégua temporária entre Washington e Teerã, a instabilidade geopolítica deve manter os preços do petróleo elevados no curto e médio prazos – um cenário favorável para a Petrobras, tanto em geração de caixa quanto na valorização de suas ações.

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No entanto, o conflito não é o único fator em jogo. A OPEP+ confirmou no mês passado que manterá o aumento gradual da produção e a Agência Internacional de Energia (AIE) já projeta um excedente de 1,6 milhão a 1,8 milhão de barris por dia, o que poderia levar a um superávit no segundo semestre de 2025 e pressionar os preços para baixo se não houver aceleração da demanda global, influenciando a valorização da Petrobras e sua capacidade de distribuir lucros.

”Se essa dinâmica se consolidar, a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) pode ver uma compressão de margens operacionais e, por consequência, uma redução na geração de caixa disponível para dividendos’’, disse Leonardo Andreoli, analista da Hike Capital.

Além do petróleo

O preço do petróleo e a oferta não são os únicos pontos que podem afetar a valorização do papel e a distribuição de dividendos. Fatores internos também pesam na equação, como questões domésticas, política de preços dos combustíveis, risco de interferência política, sinalizações sobre governança corporativa e condução da política de dividendos.

Atualmente, a companhia mantém um nível de endividamento considerado saudável, com alavancagem inferior a 1x dívida líquida sobre Ebitda, o que permite certa flexibilidade, segundo Andreoli. No entanto, a elevação do Capex projetado no plano 2024–2028, estimado em cerca de US$ 102 bilhões, exige atenção quanto à disciplina financeira futura.

”Seria necessário acompanhar com cautela a evolução dessa agenda, pois um desvio na execução pode impactar diretamente a remuneração dos acionistas’’, disse.

Hugo Queiroz, diretor de gestão da L4 Capital, disse que graças ao patamar de produção, custo baixo e estrutura de capital, a Petrobras está tranquila e confortável e aguentaria algum ”desaforo” – mas apenas por alguns trimestres.

”Porém, se ela ficar nessa fórmula de Capex alto, segurar combustível e voltar a alavancar usando a estrutura de capital, a gente tem um cenário desenhado muito parecido com o que foi lá em 2010 e 2014 (períodos de crises)’’ – o que poderia afetar a distribuição de lucros.

O que esperar dos dividendos?

O dividend yield (taxa de retorno apenas com dividendos) nos últimos 12 meses gira em torno de 17%. No entanto, para o segundo semestre de 2025, há projeções mais conservadoras, com yield em torno de 12% a 14%, considerando o cenário de investimentos crescentes, maior retenção de lucros e preços de petróleo mais baixos.

Mas será que há espaço para dividendos extraordinários? Na semana passada, a presidente-executiva da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a empresa fará “muito esforço” para pagar dividendos extraordinários neste ano, mas vê o mercado de petróleo como fator importante para isso acontecer.

Para Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, a existência desses pagamentos adicionais não dependeria só do ciclo de preços da commodity, mas também da geração de caixa livre e da visão de priorização de investimentos.

”Se o preço do barril for sustentado acima de US$ 70 e a Petrobras reduzir investimentos de Capex, como tem planejado, a empresa poderá repetir dividendos pontuais. No entanto, incertezas regulatórias, necessidade de amortização de dívida e pressões para reinvestir limitam essa possibilidade’’, falou.

Vale investir na Petrobras agora?

Lima acredita que a Petrobras continua atraente para investidores focados em renda passiva, considerando os yields elevados. No entanto, é preciso cautela por causa da dependência dos preços do petróleo e o risco de maior intervenção estatal requerem vigilância, falou.

Queiroz falou que o valuation da Petrobras segue bastante descontado, o que torna a ação atrativa, tanto na comparação com o setor quanto em relação à geração efetiva de valor. No entanto, segundo ele, a ação é mais barata que as concorrentes justamente por causa das recorrentes interferências estatais – o que deve ser levado em consideração na hora do investimento.

“A Petrobras tem, sim, um potencial interessante no curto prazo. Mas, dependendo da continuidade dessa gestão, o fundamento dos dividendos pode ser sensivelmente impactado”, afirmou.

Informações Infomoney

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