O SoftBank Group arrecadou aproximadamente US$ 4,8 bilhões ao vender 21,5 milhões de ações da T-Mobile US (NASDAQ:TMUS). As ações foram comercializadas a US$ 224 cada, no limite inferior da faixa de preço estipulada entre US$ 224 e US$ 228, com um desconto de cerca de 3% em relação ao fechamento anterior.

A operação foi realizada por meio de uma venda em bloco overnight não registrada, com o Bank of America (NYSE:BAC) (BOV:BOAC34) atuando como único coordenador do negócio.

A transação representa cerca de 1,9% do total de ações em circulação da T-Mobile, reduzindo, mas não eliminando, a participação relevante do SoftBank na operadora.

O SoftBank ainda permanece como o segundo maior acionista da T-Mobile, atrás da alemã Deutsche Telekom, que detém aproximadamente 59% da companhia. Antes da operação, o conglomerado japonês possuía 85,36 milhões de ações, equivalentes a 7,5% da T-Mobile.

O fundador Masayoshi Son pretende com a venda ampliar os investimentos em inteligência artificial. O SoftBank planeja direcionar até US$ 30 bilhões para a OpenAI e colaborar na construção de infraestrutura global, incluindo data centers, dentro do projeto batizado de Stargate, avaliado em até US$ 500 bilhões.

Essa foi a maior venda de ações no mercado americano desde fevereiro, quando o Toronto-Dominion Bank (NYSE:TD) vendeu uma participação de US$ 13,1 bilhões na Charles Schwab (NYSE:SCHW). Segundo dados da Bloomberg, as emissões de ações nos EUA somam US$ 91,4 bilhões em 2024, superando os US$ 75,9 bilhões do ano anterior.

As ações da T-Mobile reagiram negativamente, caindo 4,4% para US$ 220,96, em verificação realizada na hora final de negociação de terça-feira (17). Por outro lado, os papéis do SoftBank listados em Tóquio subiram 2,1%, impulsionados pela expectativa dos investidores em relação aos novos aportes no setor de IA.

A T-Mobile também é negociada na B3 através da BDR (BOV:T1MU34), que simultaneamente recuava 3,9%, cotada a R$ 609,69.