A BlackRock Inc. (NYSE:BLK) reportou lucro ajustado de US$ 12,05 por ação no segundo trimestre, superando a estimativa média de US$ 10,71. Ainda assim, a ação recua 6,0% na manhã de terça-feira (15), pressionada por receitas abaixo do esperado e taxas de desempenho fracas. O lucro líquido foi de US$ 1,59 bilhão, alta de 7% ano a ano.

A BlackRock também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:BLAK34), que simultaneamente recuavam 6,2%.

A receita trimestral cresceu 12,9%, alcançando US$ 5,42 bilhões, mas ficou levemente abaixo da projeção de US$ 5,45 bilhões. O desempenho foi impactado por comissões mais baixas, inclusive nas taxas de consultoria, e pela receita de apenas US$ 94 milhões em taxas de performance, bem abaixo dos US$ 114 milhões esperados.

Apesar das falhas pontuais, a gestora atingiu um marco importante com US$ 12,5 trilhões em ativos sob gestão, o maior valor da história. No trimestre, investidores adicionaram US$ 68 bilhões líquidos aos fundos da empresa, com destaque para US$ 85 bilhões em ETFs e US$ 29 bilhões em ações.

Os fluxos líquidos de longo prazo, porém, decepcionaram, somando US$ 61 bilhões, abaixo da média projetada, em parte devido ao resgate de US$ 52 bilhões de um cliente institucional. Já os investidores de varejo adicionaram apenas US$ 2 bilhões, menor valor desde o fim de 2023.

A BlackRock também intensificou sua aposta em ativos alternativos, com US$ 9,8 bilhões em novos investimentos e US$ 14 bilhões captados por ETFs de ativos digitais. A empresa declarou participação de US$ 330 milhões na Circle (NYSE:CRCL), emissora de stablecoins, e vê esse setor como motor de crescimento.

Recentemente, a empresa concluiu a aquisição da HPS Investment Partners por US$ 12 bilhões, agregando US$ 165 bilhões em ativos. Também comprou a Global Infrastructure Partners e a Preqin, indicando que sua próxima fase será impulsionada por mercados privados e tecnologia.