Esse é o Morning Call ADVFN,  17 de julho de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam forma mista, após o avanço da ontem quando o presidente Donald Trump negou a intenção de demitir Jerome Powell do comando do Federal Reserve (Fed). Os investidores aguardam os resultados da gigante de streaming Netflix e os dados de vendas no varejo.

Nos Estados Unidos,  os índices futuros operam sem sentido único.  Os investidores ficarão atentos aos pedidos semanais de seguro-desemprego, aos índices de preços de exportação e importação do mês passado e os resultados da Netflix.

Na Europa,  as bolsas operam em alta, interrompendo uma recente tendência negativa, na esteira de balanços animadores da região e com investidores à espera de novidades de conversas tarifárias entre União Europeia e EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,73%, a 545,81 pontos, depois de acumular perdas nos quatro pregões anteriores.

A ABB tinha robusto ganho de 7,9% em Zurique, após a multinacional suíça de engenharia garantir lucro maior graças a encomendas trimestrais recordes. As ações das concorrentes francesa Schneider Electric e alemã Siemens tinham altas de 5,7% e 3%, respectivamente, com as três empresas se destacando nas primeiras colocações do Stoxx 600.

Em Estocolmo, a Volvo Car saltava 9,2%, após a montadora sueca divulgar lucro e margem operacionais um pouco maiores do que o esperado. No âmbito comercial, o principal negociador da UE, Maros Sefcovic, embarcou para Washington ontem para discutir tarifas com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o representante comercial do país, Jamieson Greer. Se não chegar a um acordo com os EUA, o bloco estará sujeito a tarifas de 30% a partir de 1º de agosto.

O tom positivo na Europa também vem um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, negar rumores de que pretendesse demitir o chefe do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

Da agenda de indicadores, destaque para a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro, que acelerou levemente para 2% em junho, ficando em linha com a meta oficial do Banco Central Europeu (BCE), segundo revisão da Eurostat.

Na Ásia,  os mercados fecharam majoritariamente em alta. O índice japonês Nikkei subiu 0,60% em Tóquio, a 39.901,19 pontos, com a ajuda de ações de tecnologia e do setor farmacêutico, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,19% em Seul, a 3.192,29 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,31% em Taiwan, a 23.113,28 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto teve avanço de 0,37%, a 3.516,83 pontos, e o Shenzhen Composto subiu 1,19%, a 2.146,08 pontos. O Hang Seng registrou perda de 0,08% em Hong Kong, a 24.498,95 pontos.

Japão e Coreia do Sul estão sujeitos a tarifas “recíprocas” maiores, de 25%, a partir de 1º de agosto, se não conseguirem firmar pactos comerciais com os EUA.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 66,44  (+0,09%).

O Brent  é negociado a US$ 68,47  (-0,07%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 118.241,67   (-0,78%).

Ouro:

Negociado a US$ 3.330,74  a onça-troy (-0,48%).

Minério de ferro: 

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +1,81%, a 785,50 iuanes (US$ 109,42).

Brasil:

Impostos:  STF decidiu na quarta-feira (16) manter a maior parte do decreto do IOF editado pelo governo federal, invalidando apenas a cobrança sobre operações de risco sacado. A medida preserva os efeitos do aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), tema que tem gerado tensão entre o Executivo e o Congresso Nacional. O imposto deve render cerca de R$ 11,5 bilhões em receitas para o governo ainda em 2025.

O risco sacado é uma prática comum no varejo, na qual empresas antecipam pagamentos a fornecedores com intermediação de instituições financeiras. Antes do decreto do IOF, essas operações não eram classificadas como crédito e, portanto, estavam isentas do imposto. Com a nova norma, o governo passou a enquadrá-las como operações de crédito, sujeitas à tributação.

A decisão também anula o decreto legislativo aprovado pelo Congresso que pretendia derrubar por completo o decreto do IOF. Com isso, as mudanças promovidas pelo governo continuam em vigor — exceto no trecho referente ao risco sacado, que permanece isento da cobrança.

Impostos 2: A proposta de isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês foi aprovada na quarta-feira, 16, pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados responsável pelo tema na casa legislativa. O texto segue para votação do plenário, que deve ocorrer em agosto, na volta do recesso dos deputados. Em seguida, vai para aprovação do Senado. O projeto prevê que a isenção para quem ganha até R$ 5 mil será compensada pela cobrança de imposto de pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês.

Invasão: O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação criminal sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo Sem Medo, entidades ligadas a Boulos,  por invasão ao prédio do Itaú na Avenida Faria Lima, no início de julho. A Promotoria requisitou acesso às imagens do Smart Sampa, sistema de reconhecimento facial da Prefeitura, para identificar os manifestantes e apurar crime de invasão a estabelecimento comercial.

Impopular: Para 58%, Lula não deveria se candidatar à reeleição 2026.

Economia:.

✔️ Pão de Açúcar: As ações do GPA (PCAR3) foram destaque do Ibovespa na sessão desta quarta-feira (16), com os ativos saltando 10,66%, a R$ 3,53. O movimento ocorre após a Companhia Brasileira de Distribuição (GPA) informar que recebeu correspondência dos Srs. André Luiz, Alex Sandro, Fábio, Henrique Mulford e Helton Coelho Diniz, declarando que suas participações acionárias, em conjunto, atingiram 17,7% do total de ações ordinárias da companhia (ante 10%).

✔️ Alerta: Construção civil concentra 80% das recuperações judiciais. O setor de construção civil está no centro da crise que pode abalar o pilar de infraestrutura. De acordo com o Monitor RGF da Recuperação Judicial, o índice de empresas em recuperação judicial no grupo de Construção, Energia e Saneamento chegou a 4,12 por mil empresas em atividade, mais que o dobro da média nacional (1,98), ao fim do primeiro trimestre de 2025. Mais de 80% das companhias em recuperação atuam diretamente com incorporação e construção, segundo a consultoria RGF, responsável pelo levantamento.

Juros altos, crédito escasso e custos crescentes de insumos como cimento e aço reduziu drasticamente a margem das incorporadoras — sobretudo aquelas que atuam em faixas de imóveis mais econômicos, como no programa Minha Casa, Minha Vida.

✔️  As 15 ações com maiores dividend yield de 2025 – até 13 de maio

✔️ Taxação de dividendos ao exterior gera alerta. A Abrasca alertou que taxar dividendos enviados ao exterior aumenta risco de fuga de capital. Mais uma medida do governo que pode afastar investimento estrangeiro numa época em que o país precisa de investimentos.

✔️ Pessimismo econômico cresce no Brasil. Pesquisa Quaest mostra que pessimismo sobre economia brasileira cresceu e supera otimismo. Reflexo das incertezas fiscais e tensões políticas. Quando percepção pública muda, decisões de consumo e investimento seguem atrás.

Agenda Econômica:

– 05h00 – Fipe: IPC da 2ª quadrissemana de julho
🇪🇺 06h00 – Zona do euro Eurostat: CPI final de junho
– 08h00 – FGV: IGP-10 de julho
🇺🇸 09h30 – EUA/Deptº do Comércio: vendas no varejo de junho
🇺🇸 09h30 – EUA/Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego da semana até 12/7
🇺🇸 11h00 – EUA/NAHB: Índice de Confiança das Construtoras de julho

Eventos ⚠️
🇺🇸 11h00 – EUA/Fed: Adriana Kugler discursa em simpósio
🇺🇸 14h30 – EUA/Fed: Lisa Cook discursa em evento
🇺🇸 14h45 – EUA: Mary Daly (Fed/São Francisco) participa de evento
🇺🇸 19h30 – EUA/Fed: Christopher Waller discursa em evento

Balanços ⚠️
📈 EUA/antes da abertura: GE Aerospace e PepsiCo
📈 EUA/após o fechamento: Western Alliance e Netflix

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,19%, aos 135.510 pontos. O volume negociado foi de R$ 15,3 bilhões, abaixo da média.

Dólar:

O dólar fechou em alta de 0,07%, cotado a R$ 5,5619.

IFIX:

O índice fechou em queda de 0,12%, aos 3.475,33 pontos. A mínima foi de 3.472,43 pontos e a máxima de 3.485,36 pontos.

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Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)