A PepsiCo (NASDAQ:PEP) superou as estimativas de Wall Street no segundo trimestre de 2025, com lucro ajustado de US$ 2,12 por ação, acima dos US$ 2,03 esperados pelos analistas monitorados pela LSEG, e receita líquida de US$ 22,73 bilhões, superando a projeção de US$ 22,27 bilhões, mesmo em meio à desaceleração da demanda na América do Norte.

O lucro líquido atribuído à empresa caiu para US$ 1,26 bilhão, ou US$ 0,92 por ação, frente aos US$ 3,08 bilhões registrados no ano anterior. A queda se deve a baixas contábeis de US$ 1,86 bilhão ligadas às operações da Rockstar e da Be & Cheery, mas o desempenho operacional permaneceu resiliente.

A receita orgânica cresceu 2,1%, apesar da queda de 1,5% no volume total de alimentos e estabilidade no volume de bebidas. Na América do Norte, os volumes de snacks da Frito-Lay e Quaker Foods encolheram 1%, enquanto o volume de bebidas caiu 2%, compensado por bom desempenho da Pepsi Zero Açúcar.

As ações da PepsiCo subiam 7,0% em verificação realizada na tarde de quinta-feira (17), sendo o maior ganho diário em cinco anos, após a companhia reiterar sua previsão de lucro anual estável em moeda constante e crescimento orgânico de receita de um dígito baixo.

A queda do dólar ajudou os resultados internacionais, que representam cerca de 40% da receita da empresa. A PepsiCo também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:PEPB34).

Para impulsionar sua recuperação na América do Norte, a Pepsi está relançando marcas como Lay’s e Tostitos com foco em ingredientes naturais, e ampliando produtos com proteína, grãos integrais, fibras e tamanhos de porção menores. A empresa também eliminará corantes e aromatizantes artificiais em linhas escolares.

A gigante também aposta na expansão do canal fora de casa, como restaurantes e redes como Subway, onde observou crescimento de um dígito percentual na receita líquida. Segundo o CEO Ramon Laguarta, os consumidores estão migrando seu consumo calórico para ambientes externos, criando novas oportunidades de venda.

A PepsiCo destacou medidas de eficiência logística e cortes de custos, incluindo o fechamento de fábricas e revisão de investimentos em marketing. A empresa também busca sinergias operacionais entre seus segmentos de alimentos e bebidas para melhorar margens e competitividade no mercado interno.