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Rede D’Or e Fleury negam negociações para fusão, apesar de rumores no mercado

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A Rede D’Or e o Grupo Fleury informaram, que não há qualquer acordo em andamento para a unificação de seus negócios. As companhias negaram negociações após a veiculação de uma matéria publicada no domingo pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, que apontava possíveis tratativas entre as duas empresas.

A Rede D’Or (BOV:RDOR3) afirmou que está constantemente analisando oportunidades de expansão, mas esclareceu que, no momento, não há decisões tomadas, propostas apresentadas ou documentos assinados com o Fleury (BOV:FLRY3) sobre qualquer possível transação.

O Fleury, por sua vez, reforçou que sua administração não deliberou sobre nenhuma operação com a Rede D’Or e que não existem compromissos ou documentos, vinculantes ou não, envolvendo uma eventual fusão ou parceria entre as empresas.

Segundo a coluna de Lauro Jardim, as conversas estariam ocorrendo entre a Rede D’Or e o Bradesco, que é atualmente o maior acionista individual do Grupo Fleury.

VISÃO DO MERCADO

Às 10h27, as ações da Rede D’Or subiam 0,40%, cotadas a R$ 33,05. Já os papéis da Fleury dispararam 16,71%, chegando a R$ 14,74 e foram temporariamente colocados em leilão. Após a retomada das negociações, às 10h35, os ativos registravam alta de 15,04%, sendo negociados a R$ 14,53.

O movimento ocorre em meio a rumores de uma possível combinação entre as duas empresas, o que levou o Goldman Sachs a comentar que uma eventual transação faria sentido estratégico. O banco lembrou que, em 2021, a Rede D’Or já havia demonstrado interesse pelo setor de diagnósticos ao apresentar uma oferta pela Alliar, ainda que aquela negociação não tenha avançado.

Mesmo sem calcular o valor presente líquido das sinergias, o Goldman avalia que a Fleury poderia se beneficiar da gestão da Rede D’Or por meio de ganhos em escala, especialmente em compras de insumos, além de uma estrutura administrativa mais eficiente e maior poder de barganha com operadoras de saúde. Para a Rede D’Or, a aquisição seria uma oportunidade de expandir sua atuação ao longo da jornada do paciente — da atenção primária à hospitalização — fortalecendo sua presença no segmento de diagnósticos, com uma marca consolidada e bem posicionada no mercado médico.

A possível operação também reforçaria a tese de consolidação do sistema de saúde brasileiro pela Rede D’Or, segundo o Goldman, como já foi observado com a compra da SulAmérica em 2022.

Sob a ótica financeira, o banco avalia que ambas as empresas possuem balanços saudáveis. A Rede D’Or teria uma alavancagem estimada de 2,0 vezes o EBITDA ao fim de 2025, enquanto a Fleury apresenta uma posição ainda mais conservadora, de 1,5 vez, o que abriria espaço para uma transação inclusive em dinheiro.

O Bradesco BBI também vê a possível união como estratégica para a Rede D’Or, destacando que a Fleury poderia acelerar sua receita com a ampliação do acesso à rede SulAmérica e a abertura de novas unidades, além de se beneficiar de credenciamento junto a grandes pagadores, como o próprio Bradesco e a SulAmérica.

O BBI aponta ainda sinergias importantes em despesas operacionais e administrativas, dado que a Rede D’Or já opera serviços de diagnóstico em sua rede hospitalar, por meio da marca Richet, no Rio de Janeiro. A integração, segundo o banco, fortaleceria a presença da companhia no segmento ambulatorial, aumentando em 18 pontos percentuais a contribuição dos diagnósticos ao EBITDA total da Rede D’Or, com base nas estimativas para 2025.

O movimento também reforçaria a posição da Rede D’Or como uma das principais prestadoras de serviços de saúde do país, com a incorporação da Fleury, líder no setor de diagnósticos e detentora de um portfólio de marcas fortes.

Para o Bradesco BBI, o negócio não deve enfrentar grandes obstáculos regulatórios, já que a Rede D’Or tem pouca exposição no setor de diagnósticos ambulatoriais. O banco também considera que o mercado pode reagir positivamente às ações da Fleury, impulsionado pelo possível prêmio sobre sua avaliação atual — hoje em 9,2 vezes o lucro estimado para 2026 —, abaixo dos múltiplos observados em empresas internacionais do setor e da própria Rede D’Or.

A base acionária da Fleury também é destacada: o Bradesco possui 24,9%, médicos fundadores detêm 11,3% e ex-sócios do Pardini somam 19,7%, o que, segundo o BBI, torna a estrutura mais estratégica.

Para a DASA, concorrente direta, o possível acordo pode representar um impacto negativo, diante da expectativa de menor crescimento da SulAmérica no segmento de diagnósticos.

O BTG Pactual também avalia a possível transação como estratégica, destacando que a Fleury poderia fortalecer a presença diagnóstica da Rede D’Or e ampliar sua capacidade de atrair pacientes. O banco enxerga possíveis sinergias operacionais, principalmente em SG&A, embora não veja impacto material imediato no valor de mercado da Rede D’Or, avaliado em cerca de R$ 75 bilhões, frente aos R$ 7 bilhões da Fleury.

A forte presença do Bradesco na Fleury, aliada à aproximação recente com a Rede D’Or, dá credibilidade ao cenário, segundo o BTG. Ainda que a Fleury tenha uma estrutura de controle definida, o banco acredita que uma eventual oferta não alteraria de forma relevante o controle da Rede D’Or.

Para o curto prazo, o BTG vê espaço para valorização das ações da Fleury, especialmente diante do recente aumento no volume de apostas contra os papéis. O banco mantém a Rede D’Or como sua principal recomendação no setor e reitera a recomendação de compra para Fleury, destacando seu valuation atrativo (9 vezes o lucro estimado para 2026) e perfil defensivo, com um dividend yield de 9%.

Tanto o Goldman Sachs quanto o Bradesco BBI mantiveram suas recomendações de compra para Rede D’Or, com preços-alvo de R$ 41 e R$ 34, respectivamente.

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