O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou aplicar uma tarifa adicional de 10% aos países que se aproximarem das chamadas “políticas antiamericanas” do grupo BRICS. A declaração foi feita durante a cúpula do bloco no Brasil, onde os líderes criticaram as políticas comerciais unilaterais de Washington.
O grupo BRICS, formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu-se nos últimos anos para incluir países como Irã, Etiópia, Indonésia e Emirados Árabes Unidos. As nações do bloco vêm buscando alternativas à hegemonia ocidental em instituições financeiras e defendem um sistema de governança global mais multipolar.
A declaração conjunta do BRICS, divulgada no domingo, criticou duramente medidas protecionistas e tarifas unilaterais, alertando que essas ações comprometem o comércio global e aprofundam as desigualdades. A mensagem foi interpretada como uma resposta direta às políticas comerciais de Trump, apesar de não mencionarem os EUA explicitamente.
Em resposta, Trump publicou na Truth Social que qualquer país que aderir às políticas do BRICS enfrentará uma tarifa adicional de 10%. Segundo ele, não haverá exceções. O anúncio foi acompanhado da informação de que cartas formais com os novos termos tarifários seriam enviadas nesta segunda-feira.
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O secretário do Tesouro, Scott Bessent, confirmou que os EUA pretendem implementar as tarifas em 1º de agosto, caso os países não cheguem a acordos comerciais até lá. O prazo anterior, 9 de julho, marcou o fim de uma trégua de 90 dias iniciada em abril. As tarifas podem variar de 10% a até 49%, segundo o governo americano.
A China reagiu à ameaça. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que o país se opõe ao uso de tarifas como forma de coerção e alertou que “guerras tarifárias não interessam a ninguém”. O Brasil preferiu não comentar diretamente as declarações de Trump.
Apesar do tom duro de Washington, apenas Reino Unido e Vietnã conseguiram firmar acordos definitivos até o momento. Enquanto isso, cresce a preocupação global com a possibilidade de uma nova escalada na guerra comercial, agravando incertezas econômicas e fragilizando o sistema de comércio internacional.
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