A Alcon AG (NYSE:ALC) viu suas ações caírem mais de 2% na quinta-feira após um corte na classificação pelo JPMorgan (NYSE:JPM), citando desempenho trimestral decepcionante e visibilidade reduzida nos lucros.
David Adlington, analista do JP Morgan, observou que “outro trimestre fraco, combinado com um novo corte na orientação, provavelmente levantará questões sobre as perspectivas de crescimento da empresa para o ano fiscal de 2026”.
Embora a administração da Alcon tenha garantido aos investidores que os lançamentos de novos produtos estão ocorrendo conforme o planejado, o JP Morgan destacou que essa declaração teria mais peso se fosse corroborada por dados adicionais.
A corretora destacou que o quarto trimestre foi marcado por um forte crescimento, mas a expansão geral do mercado permanece lenta e as perdas de participação no mercado de lentes intraoculares fora dos EUA continuam.
O JPMorgan (BOV:JPMC34) também indicou que as expectativas consensuais de crescimento de aproximadamente 17% do lucro por ação (LPA) para o ano fiscal de 2026 podem ser excessivamente otimistas, visto que a projeção para o ano fiscal de 2025 foi reforçada por uma baixa alíquota de imposto pontual e ganhos cambiais.
A empresa acrescentou que a anualização das tarifas e a diluição de aquisições recentes podem desafiar ainda mais o crescimento no ano fiscal de 2026.
Como resultado, os analistas rebaixaram as ações da Alcon de “overweight” para “neutral” e reduziram o preço-alvo para SFr 62,8 para junho de 2027, abaixo dos SFr 94,7 para junho de 2026.
Essa redução reflete previsões mais baixas e um corte no prêmio do setor de 50% para 25% em meio a expectativas de crescimento moderadas.
O JPMorgan concluiu que evidências de um crescimento mais forte do mercado ou lançamentos bem-sucedidos de produtos poderiam reverter o rebaixamento, mas alertou que tais desenvolvimentos provavelmente não surgirão antes que a Alcon divulgue seus resultados do quarto trimestre.
A Alcon também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:A2LC34).
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