O Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (18), trouxe mais uma rodada de revisões para baixo nas projeções de inflação. Pela 12ª semana consecutiva, as estimativas do mercado para o IPCA de 2025 foram ajustadas, passando de 5,05% para 4,95%.
A mediana das projeções para o câmbio no próximo ano segue em R$ 5,60, sinalizando que, apesar da queda na inflação esperada, os analistas ainda veem pressão sobre a moeda brasileira. Já a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi mantida em 2,21%.
No horizonte mais longo, as projeções para inflação também passaram por ajustes sutis. Para 2026, a estimativa caiu de 4,41% para 4,40%. Para 2027, a expectativa é de 4,00%, enquanto em 2028 a projeção permanece em 3,80%. Em relação ao IGP-M, índice relevante para contratos de aluguel e reajustes, a previsão para 2025 foi reduzida de 1,28% para 1,13%. Para 2026, o recuo foi de 4,40% para 4,32%, com 2027 mantido em 4,00% e 2028 em 3,96%.
Os preços administrados, que fazem parte do cálculo do IPCA, tiveram leve alta nas estimativas para 2025, passando de 4,71% para 4,72%. Para 2026, a projeção subiu de 4,17% para 4,18%. Em 2027, o índice segue em 4,00%, e em 2028 recuou de 3,72% para 3,71%.
No câmbio, as projeções para os anos seguintes permanecem estáveis: R$ 5,70 para 2026, 2027 e 2028. Já o PIB para 2026 foi mantido em 1,87%. Para 2027, houve ajuste de 1,93% para 1,87%, enquanto para 2028 a projeção continua em 2% há 75 semanas.
A taxa Selic segue estável nas expectativas de longo prazo. Para 2026, a estimativa permanece em 12,50%, em 2027 em 10,50% e em 2028 em 10,00%, sem alterações nas últimas 34 semanas.
Esses números refletem um mercado que continua enxergando um processo de desinflação gradual, mas ainda com juros elevados e crescimento econômico moderado nos próximos anos. Para a bolsa de valores brasileira, esse cenário tende a favorecer setores ligados ao consumo interno, que se beneficiam da queda de preços, mas mantém pressão sobre ativos de renda fixa e sobre o câmbio, já que o real segue atrelado ao patamar de R$ 5,60 por dólar (FX:USDBRL).
No contexto atual, a redução das expectativas de inflação pode ajudar a consolidar um ambiente mais positivo para o mercado financeiro, embora a combinação de juros altos e crescimento econômico modesto ainda imponha cautela aos investidores.
(BC)
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