Com o petróleo Brent e o WTI em leve alta, as ações da Petrobras encerraram o pregão desta terça-feira (21/10) em queda tanto na B3 quanto na NYSE. O movimento refletiu a realização de lucros após notícias corporativas relevantes, como o acordo de R$ 1,54 bilhão com a PPSA e a licença para perfuração na Margem Equatorial, fatores que movimentaram o mercado e os investidores da estatal.
A Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) viveu um dia intenso nas bolsas. Na B3, as ações preferenciais (PETR4) encerraram em baixa de 0,74%, cotadas a R$ 29,53, enquanto as ações ordinárias (PETR3) recuaram 1,14%, fechando a R$ 31,20. Já nos Estados Unidos, os ADRs da companhia também acompanharam o movimento: PBR caiu 0,69%, a US$ 11,61, e PBR.A recuou 1,08%, a US$ 10,94.
O recuo das ações ocorreu mesmo diante do avanço do petróleo no mercado internacional. O Óleo WTI (CCOM:OILCRUDE) subiu 1,04%, cotado a US$ 57,54 o barril, enquanto o Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) ganhou 0,91%, fechando a US$ 61,38. A valorização da commodity refletiu a expectativa de cortes de produção pela OPEP+ e o aumento da demanda asiática, mas não foi suficiente para sustentar o desempenho da Petrobras nas bolsas.
Entre os fatores domésticos, a estatal confirmou a assinatura de um acordo de R$ 1,54 bilhão com a Pré-Sal Petróleo (PPSA), referente à equalização de valores da jazida de Jubarte, na Bacia de Campos. O pagamento será realizado até o fim de outubro, e boa parte do montante já havia sido provisionada no segundo trimestre. O mercado avalia a operação como positiva, por reduzir incertezas regulatórias e melhorar a previsibilidade financeira da companhia.
Outro tema que ganhou destaque foi a autorização do Ibama para a Petrobras perfurar na Margem Equatorial, região considerada estratégica para o futuro da estatal. A decisão, que envolve potencial de até 6,2 bilhões de barris de petróleo, gerou ampla repercussão: enquanto o governo e a empresa celebram a conquista, movimentos ambientais expressam preocupação com os riscos ecológicos. A Petrobras reiterou seu compromisso com práticas seguras e sustentáveis.
No campo operacional, a recente redução de 4,9% no preço da gasolina nas distribuidoras, anunciada na segunda-feira, ainda repercute entre investidores e consumidores. Embora o movimento tenha alívio potencial sobre a inflação, ele pode pressionar margens de lucro no curto prazo, especialmente em um cenário de volatilidade cambial e oscilação no preço do petróleo.
Entre as petroleiras globais, o desempenho foi misto. BP (LSE:BP) caiu 0,09%, Chevron (NYSE:CVX) recuou 0,45%, ENI (EU:E) perdeu 0,60%, enquanto Shell (LSE:SHEL) avançou 0,22% e TotalEnergies (EU:TTE) subiu 0,29%. A brasileira, portanto, ficou entre as de pior desempenho do setor no dia, contrastando com o leve otimismo em Wall Street.
🔹 Principais fatores que influenciaram as ações da Petrobras hoje
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Acordo de R$ 1,54 bi com a PPSA sobre jazida de Jubarte
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Licença ambiental para perfuração na Margem Equatorial
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Redução de 4,9% no preço da gasolina
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Alta do petróleo Brent e WTI no mercado internacional
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Reação moderada do mercado internacional de energia
No cenário de curto prazo, analistas apontam que a volatilidade deve continuar acompanhando os papéis da estatal, especialmente diante da incerteza política e das discussões sobre dividendos e política de preços. A Genial Investimentos alerta para o aumento do risco de percepção no mercado, enquanto o Goldman Sachs mantém recomendação neutra para o papel.
📈 Análise Técnica – PETR4 (após o pregão de 21/10)
O gráfico diário de Petrobras PN (BOV:PETR4) formou um padrão de Engolfo de Baixa (Bearish Engulfing) nesta terça-feira (21/10), indicando perda de força compradora e possível início de movimento corretivo. Esse padrão é reforçado pelo alinhamento das médias móveis simples de 5 e 21 períodos, ambas apontando para baixo. O indicador HILO e o Parabólico SAR seguem sinalizando mercado vendedor, enquanto o MACD e o ADX/DMI permanecem neutros, sem cruzamentos relevantes.
Do ponto de vista técnico, o papel possui suporte imediato em R$ 29,31 — caso rompido, o próximo teste pode ocorrer em R$ 28,86. A perda dessa faixa reforçaria o viés de baixa no curto prazo. Por outro lado, um rompimento consistente acima de R$ 30,46 poderia abrir espaço para uma recuperação até as resistências em R$ 31,08 e R$ 32,80. No momento, 5 dos 13 indicadores técnicos apontam queda, enquanto 8 permanecem neutros, refletindo um cenário de indefinição e cautela entre investidores.
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