A Coinbase (NASDAQ:COIN) reportou lucro líquido de US$ 1,43 bilhão no segundo trimestre de 2025, impulsionado por ganhos não realizados em criptoativos e investimentos, como sua participação na Circle (NYSE:CRCL). Apesar do bom resultado contábil, o lucro ajustado foi modesto de apenas US$ 33 milhões, bem abaixo do entusiasmo inicial do mercado.
A receita líquida da maior corretora de criptomoedas dos EUA foi de US$ 1,5 bilhão, um crescimento de 3,3% sobre o ano anterior, mas ficou abaixo das expectativas dos analistas, que projetavam US$ 1,59 bilhão. O número também representa queda em relação aos US$ 2 bilhões do trimestre anterior.
O ponto mais fraco foi a receita com transações, que despencou 39% na comparação anual, para US$ 764,3 milhões. A queda é reflexo direto da menor volatilidade no mercado cripto, o que desestimulou negociações, especialmente entre investidores de varejo, o segmento com margens mais altas.
A volatilidade dos criptoativos caiu 16% em relação ao trimestre anterior. Isso resultou em volumes de negociação 39,7% menores na Coinbase, incluindo um recuo de 44,9% nas operações do varejo.
O segmento de assinaturas e serviços apresentou maior resiliência, com receita de US$ 655,8 milhões, alta de 9,5% na comparação anual. A receita com stablecoins foi destaque, atingindo US$ 332,5 milhões, impulsionada pelo IPO da Circle e pelo acordo de compartilhamento de receita entre as empresas.
Mesmo com os resultados mistos, a Coinbase anunciou novas frentes de crescimento. A companhia planeja se tornar uma “Everything Exchange”, oferecendo negociação de ativos tokenizados do mundo real, ações, derivativos, câmbio e mercados preditivos diretamente em sua plataforma principal.
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A aquisição da Deribit por US$ 2,9 bilhões deve ampliar o alcance da Coinbase no mercado de derivativos cripto. A empresa também estreitou laços com instituições financeiras como JPMorgan Chase (NYSE:JPM) (BOV:JPMC34), PNC (NYSE:PNC) (BOV:PNCS34) e American Express (NYSE:AXP) (BOV:AXPB34) para integrar stablecoins ao sistema bancário tradicional e aumentar a adoção.
No campo regulatório, a Coinbase celebrou a aprovação da Lei GENIUS e do Clarity Act, marcos históricos para o setor. As legislações criam estruturas legais para stablecoins e ativos digitais.
Apesar das incertezas, o terceiro trimestre começou forte. Segundo a CFO Alesia Haas, a receita de transações de julho deve atingir US$ 360 milhões, e a de assinaturas e serviços pode superar US$ 700 milhões, beneficiada pelos preços mais altos de criptoativos e pelo crescimento das stablecoins.
As ações da Coinbase acumulam alta de mais de 50% no ano, superando o índice S&P 500, ao qual foi adicionada em maio. Após o lançamento do balanço, as ações recuavam 10,9% no pré-mercado de sexta-feira (1). A Coinbase também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:C2OI34).
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