DAX, CAC, FTSE100 oscilam com surpresas do PIB do Reino Unido; lucros corporativos em foco

As ações europeias foram negociadas em uma faixa estreita na quinta-feira, enquanto os investidores avaliavam indicadores econômicos regionais e resultados corporativos, antes dos principais números da inflação dos EUA, no final da sessão.

Às 04:05 (horário de Brasília), o DAX da Alemanha subia 0,1%, o CAC 40 da França avançava 0,2%, enquanto o FTSE 100 do Reino Unido caía 0,2%.

Crescimento do Reino Unido supera expectativas

Os investidores fizeram uma pausa após os ganhos recentes para digerir novos dados sobre o desempenho econômico. A economia do Reino Unido cresceu 0,3% no segundo trimestre de 2025, superando a previsão de 0,1% do Banco da Inglaterra, embora isso tenha marcado uma desaceleração em relação ao crescimento de 0,7% no primeiro trimestre. Na comparação mensal, o PIB de junho cresceu 0,4%, acima da expectativa de 0,1%, após quedas em abril e maio.

Os números do PIB da zona do euro para o segundo trimestre são esperados ainda na quinta-feira, com projeções apontando para um crescimento modesto de 0,1%, uma desaceleração em relação aos 0,6% registrados no primeiro trimestre.

Enquanto isso, os dados de preços ao produtor dos EUA para julho serão acompanhados de perto, especialmente após a recente inflação moderada ao consumidor, que levantou especulações sobre um possível corte na taxa de juros do Federal Reserve (Fed) em setembro.

Destaque de lucros corporativos

Várias empresas divulgaram resultados na quinta-feira.

• A Carlsberg (TG:CBGB) não atingiu as metas de lucro e volume do semestre, sinalizando um cenário desafiador para o consumidor no restante de 2025.
• A RWE (TG:RWE) relatou lucros do primeiro semestre mais fracos do que o esperado devido à menor geração eólica e às difíceis condições de negociação de energia.
• A Antofagasta (LSE:ANTO) viu seus lucros principais do primeiro semestre aumentarem quase 60%, impulsionados pela maior produção e vendas de cobre.
• A Swiss Re (TG:SR9) superou as expectativas de lucro líquido, auxiliada por menores sinistros de catástrofes, margens de subscrição mais fortes e maiores retornos de investimentos.
• A Lanxess (BIT:1LXS) reduziu sua previsão de lucro para o ano inteiro, citando fraca demanda e nenhuma melhora prevista no ambiente econômico.
• A Hapag Lloyd (TG:HLAG) registrou uma queda de 3,1% no lucro líquido do primeiro semestre e revisou para baixo a extremidade superior de sua previsão de lucros para o ano inteiro, citando incerteza geopolítica contínua.

Preços do petróleo se recuperam em meio ao foco geopolítico

O petróleo bruto recuperou-se ligeiramente das perdas recentes antes da reunião de sexta-feira entre o presidente dos EUA, Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin. Às 04h05 (horário de Brasília), os contratos futuros do Brent subiam 0,7%, para US$ 66,06 o barril, enquanto o WTI subia 0,7%, para US$ 63,06 o barril.

Ambos os contratos atingiram as mínimas em dois meses na quarta-feira, após os estoques de petróleo bruto dos EUA terem subido inesperadamente em 3 milhões de barris, alimentando preocupações com a demanda com o fim da temporada de viagens de verão.

Os traders também estão acompanhando de perto a cúpula entre Trump e Putin no Alasca, com o objetivo de resolver o conflito na Ucrânia. Trump alertou na quarta-feira sobre “consequências graves” se Putin não concordar com a paz, embora não tenham fornecido detalhes específicos, ecoando ameaças anteriores de sanções econômicas.

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