As ações da Deere & Co. (NYSE:DE) recuaram cerca de 8,1% em Nova York em verificação realizada na tarde de quinta-feira, 14 de agosto de 2025, aproximando-se da mínima de três meses. A Deere & Co. também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:DEEC34), que simultaneamente recuava 10,4%, para R$ 85,08.
A fabricante norte-americana de equipamentos agrícola superou as estimativas de lucro do terceiro trimestre, mas reportou nova queda na receita e manteve desafios com excesso de equipamentos usados no setor.
O lucro líquido caiu 25,7% na comparação anual, para US$ 1,29 bilhão, ou US$ 4,75 por ação, superando a previsão de US$ 4,58. A receita total somou US$ 12,02 bilhões, queda de 8,6% em relação a 2024, mas acima dos US$ 11,86 bilhões projetados por analistas da FactSet.
O segmento de agricultura de produção e precisão registrou baixa de 16,2% nas vendas, para US$ 4,27 bilhões, abaixo das expectativas. Pequenas vendas agrícolas e de grama recuaram 0,9%, para US$ 3,03 bilhões, enquanto construção e silvicultura caíram 5,4%, para US$ 3,06 bilhões.
A companhia reduziu sua projeção de lucro líquido para 2025, agora entre US$ 4,75 bilhões e US$ 5,25 bilhões, ante previsão anterior de até US$ 5,50 bilhões. O ponto médio, de US$ 5 bilhões, implica um resultado aproximado de US$ 1 bilhão no quarto trimestre, abaixo das estimativas do mercado.
As tarifas de importação devem impactar o resultado anual em quase US$ 600 milhões, acima dos US$ 500 milhões estimados anteriormente. Apenas no terceiro trimestre, o efeito foi de cerca de US$ 200 milhões.
O CEO John May destacou que a empresa está ajustando a produção à demanda e focando na redução de estoques, principalmente de usados, para restabelecer o equilíbrio no mercado. O valor total em inventário no fim do trimestre foi de US$ 7,71 bilhões, alta de 8,7% ante o fim do último ano fiscal.
O ambiente agrícola segue pressionado por preços mais baixos das commodities. A receita líquida dos agricultores nos EUA foi estimada em US$ 139 bilhões em 2024, bem abaixo do pico de US$ 182 bilhões em 2022, reduzindo a disposição para investir em novos equipamentos.
Para o ano fiscal, a Deere projeta queda de 15% a 20% nas vendas de agricultura de produção e precisão, retração de 10% a 15% em construção e silvicultura e melhora na previsão para agricultura de pequeno porte e gramados, com recuo de cerca de 10%.
Apesar do recuo pós-balanço, as ações negociadas nos EUA acumulam alta de mais de 20% em 2025, mas permanecem abaixo da máxima histórica de US$ 531,48 registrada em maio.
As BDRs recuaram 10,25% nos últimos 6 meses, mas acumulam valorização de 31,95% nos últimos 12 meses.
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