Dinheiro esquecido no Banco Central! veja como consultar e sacar

O Banco Central anunciou que ainda há R$ 10,56 bilhões em “dinheiro esquecido” aguardando resgate no Sistema de Valores a Receber (SVR). Esses recursos pertencem a milhões de brasileiros e podem estar em contas antigas, consórcios, cooperativas ou outras instituições financeiras.

No início do levantamento, o valor total identificado chegou a R$ 21,59 bilhões. Desse montante, mais de R$ 11 bilhões já foram devolvidos a 28,8 milhões de pessoas físicas e 2,9 milhões de empresas. Mesmo assim, ainda restam 48,1 milhões de correntistas pessoa física e 4,4 milhões de empresas que não retiraram seus créditos.

Quem pode ter direito ao dinheiro esquecido? O SVR contempla:

• Pessoas físicas com contas antigas ou valores parados em bancos e cooperativas;
• Empresas com contas encerradas ou créditos não resgatados;
• Herdeiros ou representantes legais de pessoas falecidas.

O processo para saber se há valores disponíveis é simples. Basta acessar o site oficial do SVR (valoresareceber.bcb.gov.br), fazer login com a conta gov.br (nível prata ou ouro) e habilitar a verificação em duas etapas. Informando o CPF ou CNPJ, o sistema mostrará se há recursos a receber e indicará as instruções para resgate.

Desde maio de 2025, o Banco Central implementou uma novidade: a solicitação automática de resgate para pessoas físicas. Para isso, é necessário ter uma chave Pix do tipo CPF cadastrada no banco. Assim, não é mais preciso fazer um pedido manual para cada saque — o valor é transferido automaticamente para a conta vinculada à chave Pix.

No caso de herdeiros, inventariantes ou representantes legais de empresas encerradas, o resgate também é possível. É preciso acessar o SVR com a conta gov.br e assinar um termo de responsabilidade para liberar o pagamento. Não há prazo final para resgatar — o dinheiro permanece disponível até que o titular ou representante legal solicite a devolução.

Embora não exista impacto direto na bolsa de valores, a liberação desses recursos pode estimular o consumo e influenciar setores como comércio, serviços e crédito. Em um cenário de economia desacelerada, essa injeção de dinheiro no mercado pode ajudar a movimentar a atividade econômica, especialmente se ocorrer em grande escala.

No contexto atual do mercado financeiro, a divulgação desses valores reforça a importância de políticas que incentivem a circulação de recursos parados. Para o investidor, acompanhar essas movimentações pode indicar tendências no comportamento de consumo e possíveis impactos sobre empresas listadas na B3 que dependem diretamente da demanda interna.