O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou na terça-feira (19/08) um novo pacote de tarifas que amplia de forma significativa o alcance das restrições sobre produtos com conteúdo de aço e alumínio. A medida afeta mais de 400 categorias de bens importados, entre eles turbinas eólicas, guindastes, escavadeiras, eletrodomésticos, motocicletas, vagões ferroviários, motores marítimos, móveis e diversos equipamentos pesados.
De acordo com o comunicado, esses produtos passarão a ser tributados com uma tarifa de 50% sobre o conteúdo de aço e alumínio, além da alíquota correspondente aos demais insumos que compõem cada mercadoria. No total, 407 categorias de produtos foram adicionadas à lista de itens considerados “derivados” de aço e alumínio cobertos pelas tarifas setoriais de importação.
Segundo a Evercore ISI, a decisão abrange mais de 400 códigos tarifários e representa impacto potencial sobre mais de US$ 200 bilhões em importações registradas no último ano. A consultoria projeta que essa medida aumentará a taxa tarifária efetiva geral em cerca de 1 ponto percentual.
O Departamento de Comércio também confirmou que as tarifas vão alcançar peças importadas utilizadas em sistemas de exaustão automotiva, componentes de veículos elétricos, além de itens destinados à fabricação de ônibus, condicionadores de ar e eletrodomésticos como geladeiras, freezers e secadoras.
No curto prazo, a decisão tende a elevar custos de produção de empresas norte-americanas que dependem de insumos importados. Para fabricantes de veículos, eletrodomésticos e maquinário pesado, os preços finais podem subir, pressionando margens e repassando parte do aumento ao consumidor. Já companhias locais do setor siderúrgico e de alumínio podem ser beneficiadas com maior competitividade interna, o que pode refletir positivamente nas ações listadas em bolsa de valores.
Esse tipo de decisão tarifária costuma gerar repercussões mais amplas no mercado. Investidores monitoram os efeitos sobre a inflação nos Estados Unidos, o câmbio do dólar frente a outras moedas (FX:USDBRL, FX:EURUSD) e a movimentação dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, já que tarifas mais rígidas podem gerar preocupações com custos e repasses de preços.
No atual cenário financeiro, a medida ganha ainda mais relevância. O fortalecimento do dólar (CCOM:DXY) e a oscilação dos contratos futuros de commodities como aço e alumínio refletem a expectativa de maiores custos globais. Esse movimento adiciona volatilidade ao mercado de ações e reforça a necessidade de cautela por parte dos investidores.
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