Os reservatórios que garantem o abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo seguem em trajetória de queda neste mês de agosto, em meio a um cenário de chuvas escassas. Dados divulgados nesta sexta-feira (15/08) pela Sabesp mostram que o volume geral está em 40,8% da capacidade, recuo de 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior.
O sistema Cantareira, o maior do estado, opera com apenas 37,9% de sua capacidade, após queda de 0,3%. O acumulado de chuva em agosto é de 0,5 mm — muito distante da média histórica de 34,2 mm. Já o Alto Tietê está em 32,7%, após recuo de 0,2% nas últimas 24 horas, com apenas 2,2 mm de precipitação no mês, frente à média de 30 mm.
No sistema Guarapiranga, o nível de armazenamento está em 58,2%, com redução de 0,4%. A pluviometria de agosto soma 4 mm, ante média histórica de 39,8 mm. O reservatório de Cotia está em 63,9%, também com queda de 0,4%, e chuva acumulada de apenas 3,6 mm.
O Rio Grande apresenta 62,2% de armazenamento, queda de 0,3%, com 7,8 mm de precipitação, ainda abaixo da média histórica de 48,4 mm. O Rio Claro opera em um crítico 28,5%, após queda de 0,4%, com 20,4 mm de chuva — muito distante da média de 100,1 mm. Já o sistema São Lourenço registra 61,1%, com recuo de 0,5% e apenas 2 mm acumulados no mês, frente à média de 60,7 mm.
Os dados reforçam que todos os sistemas estão muito abaixo do volume esperado para agosto. A ausência de precipitação significativa acelera a queda dos níveis, cenário típico da estação seca, mas agravado pelo ritmo de redução.
Com a chegada da primavera e a previsão de retorno das chuvas regulares apenas entre meados de setembro e outubro, cresce a atenção sobre os mananciais. Caso o quadro se mantenha, medidas preventivas poderão ser necessárias para evitar riscos ao abastecimento.
Embora o tema não esteja ligado diretamente a empresas listadas na bolsa de valores, o cenário hídrico em São Paulo pode afetar setores de consumo, saneamento e energia, impactando expectativas sobre ações como as da Sabesp (SBSP3). Em situações de seca prolongada, a percepção de risco pode gerar ajustes de preço e aumentar a volatilidade no mercado.
No contexto atual do mercado financeiro, a notícia sobre a queda nos reservatórios reforça o ambiente de cautela para investidores que acompanham ativos ligados à infraestrutura e utilities. A possibilidade de impactos no abastecimento de água e, por consequência, na produção e no consumo, pode influenciar projeções de crescimento e margens operacionais de empresas expostas a essa realidade.
(climatempo)
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