O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) recuou em todas as sete capitais analisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na terceira quadrissemana de agosto. O índice geral, que havia mostrado alta de 0,09% na leitura anterior, registrou agora queda de 0,13%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26/08).

O maior recuo foi em Recife, onde a taxa chegou a -0,60%, puxada principalmente pela forte redução nos preços de passagem aérea (-19,25%). Na quadrissemana anterior, a capital pernambucana já havia mostrado queda de 0,22%.

Em contrapartida, São Paulo foi a capital com maior variação positiva, de 0,19%, influenciada pelo avanço no subitem refeições em bares e restaurantes (1,65%). Ainda assim, o resultado mostra perda de ritmo em relação à segunda quadrissemana, quando o índice havia sido de 0,40%.

Outras cidades também apresentaram desaceleração. Salvador passou de 0,09% para 0,15%, Brasília de -0,05% para -0,12%, Belo Horizonte de -0,11% para -0,33%, Rio de Janeiro de -0,34% para -0,49% e Porto Alegre de 0,08% para -0,16%.

Para o mercado financeiro, a leitura do IPC-S funciona como termômetro das pressões inflacionárias regionais. A queda mais disseminada entre as capitais reforça a percepção de alívio nos preços, o que pode influenciar as expectativas em relação à política monetária do Banco Central e o comportamento dos contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT), do dólar (BMF:DOLFUT | BMF:WDOFUT) e do Ibovespa Futuro (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT).

No contexto atual, em que investidores acompanham atentamente a trajetória da inflação para projetar os próximos passos da Selic, a desaceleração do IPC-S ganha relevância. A leitura contribui para o sentimento de que a pressão sobre os preços segue controlada, mantendo o foco no equilíbrio entre atividade econômica e política monetária.

(fgv)