Análise do Bradesco BBI indica que a atual política de dividendos da Petrobras pode durar de 3 a 6 anos, dependendo do preço do petróleo. Ações PETR4 recuam nesta quarta-feira (27/08), cotadas a R$30,42 (-0,03%).
A política de dividendos da Petrobras (BOV:PETR4), um dos grandes atrativos da estatal nos últimos anos, está sob questionamento. Segundo relatório do Bradesco BBI, o modelo atual pode durar apenas de 3 a 6 anos caso o preço do petróleo Brent se mantenha em US$60 o barril. Em um cenário mais pessimista, com o petróleo em US$55 ou menos, a longevidade cairia para 1 a 2 anos.
O estudo reflete a preocupação do mercado com o aumento das despesas operacionais, a ausência de uma reorganização mais robusta do portfólio e a possibilidade de novos investimentos em fusões e aquisições. Analistas destacam ainda que, embora a CEO Magda Chambriard tenha sinalizado cortes de US$8 bilhões no próximo plano de negócios e retomada de algumas vendas de ativos, a execução ainda não foi percebida pelo mercado.
O relatório ressalta que a Petrobras pode entrar em uma fase de foco menor em dividendos e maior em política expansionista, especialmente em setores como etanol, distribuição de GLP e potenciais campos offshore fora do Brasil. Isso, segundo o BBI, coloca em risco o rendimento de dividendos, algo malvisto por investidores e também pelo governo, que depende desses recursos.
Apesar do alerta, o banco mantém recomendação outperform (compra) para PETR4, com preço-alvo de R$40, um potencial de valorização de 31% frente ao último fechamento.
No pregão desta quarta-feira (27/08), as ações PETR4 operam em leve queda de 0,03%, cotadas a R$30,42. O papel abriu o dia a R$30,45, atingiu máxima de R$30,65 e mínima de R$30,36. No acumulado das últimas 52 semanas, PETR4 variou entre R$28,86 e R$40,76, refletindo as oscilações do petróleo no mercado internacional e as expectativas em torno da política de dividendos da estatal.
A Petrobras é a maior companhia integrada de energia do Brasil, atuando nos segmentos de exploração e produção de petróleo e gás natural, refino, transporte, petroquímica, distribuição e energias renováveis. Suas principais concorrentes globais incluem ExxonMobil (NYSE:XOM), Chevron (NYSE:CVX) e Shell (LSE:SHEL).
O futuro dos dividendos da Petrobras segue no radar dos investidores da bolsa de valores. Diante das incertezas sobre os preços do petróleo e os novos rumos estratégicos da companhia, os papéis PETR4 devem continuar oscilando fortemente.
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