As ações da RD Saúde subiam mais de 8% na tarde desta segunda-feira (4), liderando os ganhos do Ibovespa pelo segundo pregão consecutivo. O forte avanço vem após os papéis atingirem, na última quinta-feira, o menor patamar intradiário desde meados de 2019.
A dona das redes de farmácias Raia e Drogasil divulga seus resultados do segundo trimestre nesta terça-feira (5), após o encerramento do pregão.
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Para os analistas do Citi, os números devem surpreender positivamente. A expectativa é de aceleração no crescimento do lucro bruto e maior controle nas despesas operacionais, especialmente em vendas, administrativas e gerais (SG&A). Ainda assim, eles alertam que os temores com a crescente competição no e-commerce devem continuar presentes, especialmente no segmento de higiene, beleza e cosméticos.
Segundo Leandro Bastos e Renan Prata, do Citi, o papel só conseguirá dissipar essas preocupações com uma combinação de crescimento contínuo no lucro bruto e disciplina nos gastos — considerados elementos essenciais para sustentar os lucros no curto prazo.
Além disso, os analistas chamaram atenção para o impacto potencial de novas manchetes envolvendo redes de supermercados, que podem seguir pressionando as ações da RD no curto prazo.
Já o JPMorgan afirmou estar cerca de 5% abaixo do consenso de lucro por ação (LPA) da Bloomberg para o trimestre, mas destacou que esse consenso pode estar desatualizado. Em conversas com investidores institucionais, o banco percebeu que a visão de médio prazo segue positiva, mesmo com a perspectiva de resultados fracos persistindo até o terceiro trimestre deste ano.
Por volta das 14h35, os papéis da RD (BOV:RADL3) eram negociados em alta de 8,18%, a R$ 14,82, após atingirem a máxima de R$ 14,84. No mesmo horário, o Ibovespa avançava de forma tímida, com alta de 0,04%. No acumulado do ano, entretanto, as ações da empresa ainda registram queda de cerca de 32%.
Início das vendas de caneta para emagrecimento gera atenção
Outro fator que contribuiu para a movimentação em torno da RD foi o início das vendas da primeira caneta para emagrecimento fabricada no Brasil, a Olire — produzida pela EMS —, que começa a ser comercializada nesta semana em redes de farmácias, incluindo as da companhia.
Em relatório a clientes, o Itaú BBA comentou que, apesar de não esperar impacto relevante nas vendas no curto prazo, o desempenho da Olire pode indicar o potencial do mercado quando genéricos do Ozempic (com princípio ativo semaglutida) estiverem disponíveis — algo previsto para 2026, com o fim da patente do medicamento.
O Olire tem como base a liraglutida, mesmo princípio ativo do Saxenda, fabricado pela Novo Nordisk. A equipe do Itaú avalia que a chegada de versões genéricas do Ozempic poderá representar um marco importante para o setor farmacêutico e varejista.
Laboratórios como EMS, Cimed, Hypera e Biomm já estariam se preparando para lançar suas versões. A expectativa é de que o fim da exclusividade represente um forte impulso para as farmácias no Brasil.
Análise gráfica também reforça otimismo
Na análise técnica, a Ágora Investimentos emitiu recomendação de compra para os papéis da RD, apontando alvos de curto prazo em R$ 14,02 e R$ 14,33. A movimentação recente sugere uma reversão de tendência após meses de queda acentuada.
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