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O relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (29/09) pelo Banco Central (BC), trouxe uma nova rodada de revisões para as projeções de inflação. Os analistas do mercado financeiro reduziram ligeiramente as estimativas para este ano e para 2026, enquanto mantiveram as expectativas para 2027 e 2028 inalteradas em relação à semana anterior.
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A projeção para 2025 recuou de 4,83% para 4,81%. Embora o número ainda supere o teto da meta de 4,50% estabelecida para o ano, o movimento indica que as expectativas começam a convergir para o limite superior da faixa definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para 2026, a previsão de inflação caiu de 4,29% para 4,28%, dentro da meta oficial de 3% que admite um intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. Já para 2027 e 2028, os analistas mantiveram as projeções em 3,90% e 3,70%, respectivamente.
A leitura mais recente mostrou que a inflação superou o teto da meta em junho, alcançando 5,35% no acumulado em 12 meses. Foi a primeira vez que o novo regime de metas contínuas registrou um estouro.
Em relação ao curto prazo, o mercado espera um avanço de 0,56% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em agosto, indicador que será confirmado em setembro. Já o IPCA referente a setembro será divulgado em 9 de outubro.
Essas revisões no relatório Focus costumam influenciar diretamente as expectativas de investidores na bolsa de valores, no câmbio e no mercado de juros futuros. A sinalização de inflação mais próxima do teto da meta pode manter a curva de juros pressionada, impactando contratos futuros negociados no mercado BMF, como o contrato futuro de juros (BMF:DI1FUT), além de trazer volatilidade para o contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) e para o contrato futuro de dólar (BMF:DOLFUT | BMF:WDOFUT).
No contexto atual, a atualização do relatório reforça a relevância da condução da política monetária pelo Banco Central e a atenção dos investidores às próximas divulgações do IPCA. A dinâmica da inflação continuará sendo determinante para os rumos da taxa Selic e, consequentemente, para a performance dos ativos financeiros no Brasil.
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