O Tesouro Nacional anunciou nesta quarta-feira (03/09) que a emissão do título Global 2056, realizada na terça-feira (02/09) no mercado internacional, alcançou o valor de US$ 2,5 bilhões. No dia anterior, a Secretaria havia divulgado informações sobre a operação, mas sem detalhar o montante específico desse papel. A quantia surpreendeu analistas, já que o mercado projetava uma emissão conjunta de aproximadamente US$ 1,750 bilhão, considerando também o bond com vencimento em 2030.
O Tesouro destacou que a colocação do Global 2056 obteve o menor prêmio de risco para um título soberano brasileiro de 30 anos desde 2014. Os papéis foram emitidos a 97,038% do valor de face, com taxa de retorno ao investidor de 7,500% ao ano, equivalente a um spread de 252,7 pontos-base sobre a Treasury norte-americana de prazo similar.
Já no caso do Global 2030, o Tesouro ressaltou que foi registrado o menor spread da história para um título de cinco anos, com 146,4 pontos-base acima da Treasury de referência. “A forte demanda pela reabertura do título, lançado há cerca de três meses, demonstra a percepção positiva do mercado sobre a estabilidade e a atratividade dos títulos soberanos do Brasil”, afirmou a Secretaria em nota.
Outro ponto enfatizado foi que os papéis foram emitidos com taxas próximas às praticadas por países com grau de investimento, atraindo grande interesse internacional. O livro de ofertas chegou a mais de 220 ordens, com pico de US$ 4,5 bilhões, volume que superou em 2,6 vezes a oferta inicial. A alocação final contou majoritariamente com investidores não residentes, sendo cerca de 90% provenientes da Europa e da América do Norte.
No mercado financeiro, a emissão reforça o apetite dos investidores estrangeiros por títulos de dívida soberana brasileira, o que tende a influenciar positivamente a percepção de risco-país e gerar reflexos no câmbio, nos contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT | BMF:WINFUT) e no desempenho da bolsa de valores brasileira (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT).
Em um momento em que os investidores acompanham com atenção os movimentos dos títulos globais, a notícia reforça a relevância do Brasil no mercado internacional de dívida soberana. Mesmo sem cotação direta associada a este papel no momento, a operação sinaliza confiança no cenário brasileiro e pode abrir espaço para novas captações em condições favoráveis.
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