A proposta, que facilita a desestatização da Copasa, foi aprovada na CCJ da ALMG e segue em debate; investidores acompanham impactos políticos e possíveis reflexos nas ações CSMG3 na bolsa de valores.
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa (BOV:CSMG3) voltou ao centro das atenções nesta segunda-feira (15/09) após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovar a PEC 24/23, que abre caminho para a privatização da companhia. O parecer favorável, com quatro votos a dois, foi dado em cima do substitutivo nº 1, que limita a proposta às empresas de saneamento básico.
Na prática, a medida retira a exigência de referendo popular para autorizar a venda ou federalização da Copasa, mas mantém a necessidade de quórum qualificado — 48 votos favoráveis — para que a lei específica seja aprovada. A iniciativa, de autoria do governador Romeu Zema, busca viabilizar a desestatização como forma de reduzir o endividamento do Estado com a União.
O substitutivo do deputado Thiago Cota (PDT) também inclui a Copanor, subsidiária da Copasa que atua em municípios do Norte e Nordeste de Minas. Caso avance, a medida pode colocar a estatal mineira no radar de grandes grupos privados de saneamento, especialmente após o marco legal do setor atrair investimentos bilionários em todo o país.
Até o momento, a Copasa não divulgou comunicado oficial sobre a tramitação da PEC. O mercado, contudo, avalia que a eventual privatização poderia ampliar a capacidade de investimentos da companhia e acelerar a expansão de serviços, o que traria efeitos positivos de longo prazo.
Na segunda-feira (15/09), antes da aprovação na CCJ, as ações da Copasa (CSMG3) fecharam estáveis, cotadas a R$32,75, sem variação no pregão. O papel permanece próximo da máxima de 52 semanas, em R$33,27, refletindo expectativa do mercado quanto à agenda de privatizações no setor de saneamento. Com o avanço da PEC, investidores devem observar os próximos movimentos da ALMG, que podem aumentar a volatilidade no papel.
A Copasa é uma das maiores companhias de saneamento do Brasil, responsável por abastecimento de água e coleta de esgoto em centenas de municípios mineiros. Concorrendo indiretamente com players privados como Aegea, Iguá e BRK, a estatal atua em um setor estratégico e de forte demanda por investimentos após o novo marco regulatório do saneamento básico.
O avanço da PEC 24/23 mantém a Copasa (CSMG3) no radar dos investidores da bolsa de valores. Com um setor em plena transformação, a possível privatização pode redesenhar a companhia nos próximos anos. Para quem acompanha oportunidades no setor de saneamento, é hora de ficar atento aos próximos capítulos no Legislativo mineiro.
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