Banco norte-americano reduziu o preço-alvo de R$ 14 para R$ 11, mas ainda enxerga forte valorização para as ações da Cosan, apoiada em desalavancagem e possível aumento de capital na Raízen (RAIZ4).
A Cosan S.A. (BOV:CSAN3) voltou a ganhar destaque no mercado nesta terça-feira (02/09), após o Bank of America reiterar recomendação de compra para as ações da companhia na bolsa de valores brasileira. Apesar de reduzir o preço-alvo de R$ 14 para R$ 11, o banco norte-americano enxerga um expressivo potencial de valorização de 82% em relação ao fechamento da véspera, apostando em uma trajetória de recuperação e desalavancagem da holding.
O movimento do BofA reflete a visão de que a Cosan ainda negocia com forte desconto em relação ao seu valor justo. Segundo os analistas, a venda de participações na Vale (BOV:VALE3) e a gestão mais eficiente dos passivos têm fortalecido o balanço, ao mesmo tempo em que a Raízen (BOV:RAIZ4) passa por ajustes estratégicos — como mudanças na gestão e venda de ativos. Um possível aumento de capital na Raízen é visto como oportunidade de destravar valor e atrair novos investidores estratégicos.
De acordo com a análise de soma das partes, o preço justo da Cosan seria de R$ 13,7 por ação, sendo R$ 3,1 atribuídos à Raízen. Mesmo desconsiderando essa fatia, o banco calcula que ainda há espaço significativo de valorização. Nas contas do BofA, um aumento de capital na Raízen entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, sem a participação da Cosan, implicaria diluição mínima de cerca de 2% para a holding.
Na teleconferência do segundo trimestre, a administração da Cosan afirmou que a estratégia de desalavancagem depende da venda parcial de ativos como LandCo, Moove e o porto de São Luís. Embora não tenha descartado um aumento de capital, reforçou que a medida estaria mais ligada a questões de sucessão do que a ajustes de balanço.
No pregão desta terça-feira (02/09), as ações da Cosan (CSAN3) sobem 2,48%, cotadas a R$ 6,20 às 13h52. O papel abriu a R$ 6,03, marcou mínima em R$ 5,95 e chegou à máxima de R$ 6,27, em um volume expressivo de 16,3 milhões de ações negociadas. O ativo acumula queda de 26% no ano, mas ainda pode reagir com força caso o mercado compre a tese de recuperação apresentada pelo BofA.
A Cosan é um dos maiores conglomerados de energia e infraestrutura do Brasil, com operações que vão de combustíveis e lubrificantes a gás natural, logística e açúcar e etanol. Seu portfólio inclui participações relevantes na Raízen, Compass e Moove, além de projetos de infraestrutura logística e energia renovável. Entre os principais concorrentes estão Ultrapar (BOV:UGPA3) e Vibra Energia (BOV:VBBR3).
O novo relatório do BofA recoloca a Cosan (CSAN3) no radar dos investidores da B3, reforçando o potencial de valorização em meio a ajustes estratégicos e redução de alavancagem.
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