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Dólar encerra em queda, com cenário político claro e dados econômicos positivos no Brasil

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A sexta-feira (12/09) foi marcada por mais uma queda expressiva do dólar à vista (FX:USDBRL), que recuou 0,69% e fechou a R$ 5,3537 – o menor patamar em 15 meses, desde junho de 2024. O movimento coroa a terceira sessão consecutiva de baixa e consolida um recuo semanal de 1,11%. Apesar de a moeda norte-americana ter ganhado força contra várias divisas no exterior, aqui no Brasil o real surfou na onda positiva e reforçou a expectativa de que o câmbio possa buscar a faixa dos R$ 5,30 nas próximas sessões.

O cenário interno pesou bastante no câmbio nesta sexta-feira (12/09). A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF e a melhora na avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva deram novo contorno político, interpretado pelo mercado como maior previsibilidade para os próximos meses. Além disso, dados do setor de serviços divulgados pelo IBGE mostraram alta moderada em julho, reforçando a leitura de que a economia segue em expansão, ainda que em ritmo mais contido. Esses fatores, somados à expectativa das decisões de juros do Banco Central e do Federal Reserve na próxima semana, ditaram o humor dos investidores.

No exterior, o dólar medido pelo índice DXY (CCOM:DXY) seguiu em alta diante de várias moedas, sustentado pelas apostas de que o Federal Reserve deve iniciar em breve o ciclo de cortes de juros, mas de forma gradual. Esse movimento reforça o diferencial de juros a favor de países como o Brasil, onde a taxa Selic segue em 15%, tornando o real ainda mais atrativo. Ao mesmo tempo, cresce a atenção para os possíveis desdobramentos políticos envolvendo a relação entre Brasil e Estados Unidos após a condenação de Bolsonaro, um fator que pode trazer ruídos ao câmbio nos próximos dias.

Na B3, o dólar futuro (BMF:DOLFUT | BMF:WDOFUT) também recuou, acompanhando o movimento do à vista. O contrato para outubro, o mais líquido no momento, cedeu 0,72% e encerrou a R$ 5,3760, mostrando que o mercado já precifica a continuidade da valorização do real. A diferença entre o futuro e o à vista segue estreita, indicando que os investidores esperam estabilidade no curto prazo, mas ainda com viés de queda diante do cenário político mais definido e da atratividade do Brasil frente ao exterior.

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Data Compra Venda Variação Variação
1/9/2025 5,4384 5,439 0,32% 0,0171
2/9/2025  5,4736 5,4742 0,65% 0,0352
3/9/2025 5,4518 5,4524 -0,4% -0,0218
4/9/2025 5,4467 5,4473 -0,09% -0,0051
5/9/2025 5,4123 5,4129 -0,63% -0,0344
8/9/2025 5,4167 5,4168 0,07% 0,0039
9/9/2025 5,4352 5,4358 0,35% 0,,019
10/9/2025 5,4062 5,4068 -0,53% -0,029
11/9/2025 5,3914 5,392 -0,27% -0,0148
12/09/2025 5,3529 5,3535 -0,71% -0,0385

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