Gestores de fundos globais apresentam o maior sentimento otimista desde fevereiro, segundo pesquisa do BofA

Os gestores de fundos estão mostrando seu maior otimismo desde fevereiro, com baixos níveis de caixa e crescente confiança na perspectiva econômica global, de acordo com uma pesquisa do Bank of America (BofA).

Os analistas do banco, liderados por Michael Hartnett, observaram que as preocupações com as políticas comerciais dos EUA que podem desencadear uma desaceleração econômica mais ampla estão diminuindo.

A pesquisa revelou que mais de 47% dos participantes esperam que o Federal Reserve implemente uma série de quatro ou mais cortes nas taxas de juros no curto prazo. Os mercados estão precificando uma redução quase certa de 25 pontos-base na próxima reunião de política monetária do Fed, na quarta-feira, com uma chance menor de um corte maior, de meio ponto.

Taxas mais baixas são vistas como uma forma de apoiar o investimento e as contratações, embora carreguem o risco de aumento das pressões inflacionárias.

As expectativas de crescimento entre os entrevistados atingiram o nível mais alto desde outubro, com cerca de dois terços prevendo um “pouso suave” para a economia dos EUA, onde a inflação será controlada sem desencadear uma recessão.

Em termos de posicionamento de portfólio, a proporção de gestores de fundos com sobreponderação em ações globais atingiu um pico de sete meses, apesar de 58% observarem que as ações dos EUA, que recentemente atingiram máximas históricas, parecem supervalorizadas.

Os investidores reduziram posições compradas em ações de mercados emergentes e europeias, cobriram posições vendidas nos EUA e aumentaram a exposição a setores como tecnologia, bancos e saúde, indicou a pesquisa.

O sentimento positivo segue a recuperação das ações americanas após uma forte queda no início de abril, quando o presidente americano Donald Trump introduziu tarifas “recíprocas” abrangentes.

O S&P 500 subiu mais de 12% até agora neste ano, apoiado por sinais mais claros de política comercial, expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Fed e crescente entusiasmo em torno de oportunidades de inteligência artificial.

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