Ibovespa encerra em alta com IPCA em deflação, alívio nos EUA, minério firme na China e voto de Fux no STF

A quarta-feira (10/09) terminou com o Índice Bovespa (BOV:IBOV) em alta de 0,52%, aos 142.348 pontos, embalado por um pregão de volume financeiro em linha com a média: R$14,3 bilhões, exatamente o mesmo patamar das últimas 50 sessões. O contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) também refletiu o otimismo, operando no mesmo tom de valorização, com investidores ajustando posições antes do leilão de títulos do Tesouro nesta quinta-feira.

O pregão foi ditado por uma combinação de fatores: no Brasil, a deflação de 0,11% no IPCA reforçou apostas de corte de juros, apesar de serviços seguirem pressionados; nos Estados Unidos, a deflação ao produtor trouxe alívio e consolidou expectativas de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve já na reunião do FOMC da próxima semana; e na China, os contratos de minério de ferro seguiram firmes em Dalian, sustentando exportadoras brasileiras. No campo político, destaque para o voto divergente do ministro Luiz Fux no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, que mexeu com os humores em Brasília e adicionou tempero à leitura de risco.

No lado positivo, Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR) puxou os ganhos com alta de 1,81% e 2,56%, embalada pelo petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) acima de US$67; Banco do Brasil (BOV:BBAS3) avançou 3,04% com investidores confiando na resiliência do setor financeiro; e Magazine Luiza (BOV:MGLU3) subiu 3,70% após ajustes técnicos.

Entre as maiores quedas, MRV (BOV:MRVE3) recuou 4,83%, penalizada pelo setor imobiliário; Braskem (BOV:BRKM5), com retração de 3,69%, refletiu pressão do câmbio e incertezas sobre insumos; e Suzano (BOV:SUZB3) caiu 2,14%, acompanhando movimentos do mercado global de papel e celulose. Já entre as mais negociadas, além da própria Petrobras, destaque para Vale (BOV:VALE3), que reduziu projeção de CAPEX e teve dia de oscilação relevante, e Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), que manteve liquidez alta com grande volume de negócios.

O mercado de juros na B3 fechou dividido nesta quarta-feira (10/09). Os contratos curtos do DI futuro (BMF:DI1FUT) subiram até 3,5 pontos-base, refletindo leitura de que a deflação do IPCA não surpreendeu o suficiente para acelerar cortes da Selic. Já os vértices intermediários e longos recuaram até 5,50 pontos-base, alinhados à percepção de que o Federal Reserve pode reduzir juros em breve. As taxas mais negociadas foram os contratos para 2027 e 2031, que concentraram liquidez, com movimentos que reforçam uma curva mais inclinada na parte curta e descompressão no médio e longo prazo.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Cosan (CSAN3)

   O presidente do banco BTG Pactual, André Esteves, está interessado em comprar uma participação significativa na Cosan, segundo reportagem do jornal O Globo publicada nesta terça-feira citando fontes a par das negociações.

   Lojas Renner (LREN3)

   A Lojas Renner S.A. projeta um segundo semestre mais desafiador para suas operações, especialmente no terceiro trimestre de 2025, em função de efeitos de base de comparação e um consumidor mais seletivo. Apesar disso, a companhia mantém uma perspectiva positiva para o último trimestre do ano e para 2026, conforme análise do vice-presidente de finanças, Daniel Martins. Saiba mais…

   Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)

   A Marfrig Global Foods e a BRF S.A. confirmaram nesta terça-feira (09/09) a data de conclusão da aguardada fusão entre as duas companhias. O processo será finalizado em 22 de setembro, e no dia seguinte (23/09) a nova empresa, batizada de MBRF, estreia na B3 sob o ticker MBRF3. Saiba mais…

   Multi (MLAS3)

   O Grupo Multi, conhecido pelo seu amplo portfólio de tecnologia e eletroeletrônicos, anunciou nesta terça-feira (09/09) uma parceria exclusiva para a comercialização e distribuição no Brasil dos produtos da marca Cuisinart, referência mundial em eletrodomésticos premium de cozinha. Saiba mais…

   Oncoclínicas (ONCO3)

   A Oncoclínicas Brasil Serviços Médicos anunciou nesta terça-feira (09/09) que retomou, a pedido da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o atendimento temporário a pacientes oncológicos da Unimed FERJ no Rio de Janeiro. A decisão ocorre em meio a um novo acordo entre as companhias, que também inclui a repactuação de uma dívida bilionária. Saiba mais…

   Suzano (SUZB3)

   A Suzano SA finalizou ontem, segunda-feira (08/09), a recompra das notas sênior emitidas pela Suzano Austria GmbH com vencimento em 2026 e 2027. A operação, anunciada previamente, tinha como objetivo otimizar a estrutura de capital da companhia e reduzir o montante de dívida em circulação. Saiba mais…

   Zamp (ZAMP3)

   A Zamp S.A., operadora das redes Burger King e Popeyes no Brasil, anunciou nesta segunda-feira (08/09) a conclusão da oferta pública de aquisição (OPA) realizada por sua controladora, a Mubadala Capital. A gestora adquiriu 22,808 milhões de ações, equivalentes a 97,8% dos papéis em circulação no mercado, ao preço de R$3,50 por ação. Com a liquidação financeira prevista para 22 de setembro, a Mubadala passará a deter 322,564 milhões de ações, representando 79,27% do capital social da companhia. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)