Ibovespa fecha com alta de 0,56%, impulsionado por cenário político, revisão do PIB e pressão de commodities

A quinta-feira (11/09) foi marcada por um novo recorde de fechamento do Ibovespa (BOV:IBOV), que avançou 0,56% e terminou o pregão aos 143.150 pontos, embalado pelo noticiário político e pela melhora de percepção sobre o governo. O volume de negócios atingiu R$14,1 bilhões, praticamente em linha com a média móvel das últimas 50 sessões (R$14,3 bilhões). No mercado futuro, o contrato de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) acompanhou a tendência positiva, mas com ritmo mais moderado.

O mercado brasileiro reagiu a uma mistura de fatores: internamente, a pesquisa DataFolha mostrou melhora na aprovação do governo Lula, o que trouxe alívio ao humor dos investidores, enquanto o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF adicionou cautela. Do lado econômico, o Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção de crescimento do PIB em 2025, mas reduziu também a expectativa de inflação. No cenário externo, investidores acompanharam os indicadores da economia norte-americana, que mostraram desaquecimento, além da queda do dólar global (CCOM:DXY), e os novos sinais de desaceleração da economia da China, refletidos nos preços do minério de ferro. As tensões geopolíticas no Oriente Médio e a guerra na Ucrânia seguiram no radar, pressionando commodities como o petróleo Brent (CCOM:OILBRENT).

Entre os destaques do pregão, Vale (BOV:VALE3), referência global em minério de ferro, subiu 0,78%; Localiza (BOV:RENT3), líder em locação de veículos no Brasil, avançou 3,62%; e Eletrobras (BOV:ELET3), gigante de energia elétrica, ganhou 1,47%, puxando os ganhos do índice.

Do lado das maiores altas percentuais, Magazine Luiza (BOV:MGLU3), grande player do varejo digital, disparou 8,11%; Vivara (BOV:VIVA3), joalheria líder no país, saltou 4,99%; e Cyrela (BOV:CYRE3), construtora de imóveis residenciais de médio e alto padrão, valorizou 4,91%.

Já nas quedas, GPA (BOV:PCAR3), tradicional rede de supermercados, despencou 5,39%; Caixa Seguridade (BOV:CXSE3), braço de seguros e previdência da Caixa Econômica, recuou 2,46%; e Totvs (BOV:TOTS3), líder em software de gestão empresarial, perdeu 1,40%.

O mercado de juros futuros da B3 encerrou o dia sem direção única. Os vértices curtos da curva subiram até 3 pontos-base, refletindo cautela no curto prazo, enquanto os médios e longos recuaram até 4 pontos-base, puxados pelo alívio inflacionário e pela leitura de política fiscal. Entre os contratos mais negociados, o DI para janeiro/2026 (BMF:DI1FUT) encerrou em leve queda, enquanto os de longo prazo mostraram maior recuo, confirmando expectativa de acomodação da curva.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Alpargatas (ALPA4)

   A Alpargatas anunciou que seus acionistas aprovaram, em assembleia geral extraordinária (AGE) realizada na quarta-feira (10/09), a redução de capital social no montante de R$ 850 milhões, com devolução de recursos diretamente aos investidores. O movimento não altera o número de ações em circulação nem a participação acionária dos sócios. Saiba mais…

   BTG Pactual (BPAC11)

   O Banco BTG Pactual emitiu um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta manhã, negando envolvimento em qualquer negociação para aquisição de participação na Cosan. A declaração foi uma resposta a uma reportagem publicada pelo jornal O Globo, que indicava interesse do presidente do banco, André Esteves, em adquirir uma fatia significativa da holding, possivelmente tornando-se co-controlador do grupo de Rubens Ometto. Saiba mais…

   Caixa Seguridade (CXSE3)

   A Caixa Seguridade comunicou nesta quarta-feira (10/09) a destituição de Felipe de Vasconcelos Soares Montenegro Mattos do cargo de diretor-presidente (CEO). O Conselho de Administração decidiu que, até a eleição de um novo executivo, a função será exercida interinamente por Edgar Vieira Soares, atual Diretor de Finanças e Relações com Investidores. Saiba mais…

   Embraer (EMBR3)

   A Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, traçou uma meta ousada: alcançar 100 entregas anuais de jatos comerciais até 2028. O presidente-executivo, Francisco Gomes Neto, afirmou que os gargalos na cadeia de suprimentos continuam sendo o maior desafio, mas reforçou que a demanda segue aquecida e a carteira de pedidos praticamente fechada até 2027. Saiba mais…

   IRB (IRBR3)

   A agência de classificação de risco S&P Global Ratings (S&P) elevou os ratings de crédito de emissor de longo prazo e de emissão atribuídos ao IRB-Brasil Resseguros e as suas debêntures de ‘brAA+’ para ‘brAAA’ na Escala Nacional Brasil. A perspectiva do rating de emissor permanece “estável”.

   Light (LIGT3)

   A Light obteve nesta quinta-feira (11/09) uma importante vitória na Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF), instância máxima do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). O órgão anulou autuações relacionadas à dedutibilidade de perdas não técnicas (furtos de energia) na base de cálculo do IRPJ e da CSLL, referentes aos exercícios de 2016 e 2017, que somavam R$ 2,4 bilhões. Saiba mais…

   Méliuz (CASH3)

   A Méliuz S.A anunciou nesta quarta-feira (11/09) a implementação de uma estratégia de derivativos envolvendo a venda de opções de venda de Bitcoin, totalmente garantidas por reservas em caixa. O objetivo é gerar rendimento incremental e ampliar gradualmente as reservas da companhia, sem comprometer sua solidez financeira. Saiba mais…

   Neoenergia (NEOE3)

   A Iberdrola, multinacional espanhola do setor de energia, anunciou nesta quinta-feira (11/09) a compra de 30,29% da Neoenergia que pertenciam ao fundo de pensão Previ, por R$11,95 bilhões (cerca de US$2,21 bilhões). Com o movimento, a participação da Iberdrola na companhia brasileira sobe de 53,5% para 83,8%, consolidando seu controle no mercado elétrico nacional. Saiba mais…

   Petrobras (PETR4)

   A Petrobras concluiu com sucesso a emissão de títulos no mercado de capitais internacional, levantando US$ 2 bilhões (equivalentes a R$ 10,814 bilhões) por meio de sua subsidiária Petrobras Global Finance B.V. (PGF). A operação foi dividida em duas séries: US$ 1 bilhão com vencimento em 2030 e US$ 1 bilhão com vencimento em 2036. Saiba mais…

   A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (11/09) a contratação da fabricante de tubos de aço Vallourec em um acordo que pode alcançar até US$ 1 bilhão em receitas. O contrato terá validade até 2029 e contempla o fornecimento de tubos e serviços associados para as operações offshore da estatal entre 2026 e 2029. Saiba mais…

   Oncoclínicas (ONCO3)

   A Oncoclínicas confirmou, em fato relevante divulgado na noite de quarta-feira (10/09), que recebeu uma carta da gestora Starboard Asset manifestando interesse em uma possível reestruturação financeira da companhia. A proposta envolve a aquisição de créditos de terceiros, aumento de capital e subscrição de novas ações, em um movimento que pode alcançar até R$ 1,7 bilhão. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)