Ibovespa sobe com falas do BC, Caged abaixo do consenso, dados dos EUA, fraqueza da China e paz em Gaza

A bolsa de valores brasileira encerrou a sessão desta segunda-feira (29/09) em leve alta, mas sem fôlego para sustentar o ritmo mais forte do início do pregão. O Ibovespa (BOV:IBOV) fechou em valorização de 0,61%, aos 146.336 pontos, com volume financeiro de R$13,7 bilhões, abaixo da média móvel de R$14,6 bilhões dos últimos 50 pregões. Já o contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) também terminou no positivo, acompanhando o movimento do índice à vista.

O pregão foi marcado por forte influência dos discursos do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do diretor Diogo Guillen, que reforçaram a necessidade de manter juros elevados, mesmo diante da resiliência do mercado de trabalho. O relatório do Caged mostrou criação líquida de 147,3 mil vagas em agosto, abaixo do consenso, mas em aceleração frente a julho. No campo político, declarações de Fernando Haddad sobre manutenção das metas fiscais e especulações sobre o cenário eleitoral de 2026 também repercutiram. Do lado externo, a queda do índice Dólar DXY (CCOM:DXY) após dados nos Estados Unidos trouxe algum alívio, enquanto os sinais de fraqueza na China e negociações de paz entre Israel e Gaza impactaram commodities.

Nas maiores altas do Ibovespa, brilharam Eletrobras (BOV:ELET6 | BOV:ELET3), com as PNB subindo 4,30% e ON avançando 3,93%, além de CSN Mineração (BOV:CMIN3), que ganhou 3,95%. A estatal elétrica atua na geração, transmissão e distribuição de energia, sendo peça-chave da matriz brasileira; já a mineradora é uma das principais produtoras de minério de ferro do país.

Do lado negativo, Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR) recuou 1,36% e 1,89% em meio à queda do petróleo, e Embraer (BOV:EMBR3), fabricante de aeronaves civis e militares, caiu 2,19%. Entre as mais negociadas, destaque para Petrobras, Vale (BOV:VALE3), gigante da mineração e maior exportadora de minério do Brasil, e Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), líder em serviços bancários e financeiros.

No mercado de juros da B3, a curva reverteu o movimento de queda e fechou em alta nesta segunda-feira (29/09). Os vértices de curto prazo avançaram levemente, enquanto a parte intermediária da curva puxou os ganhos com até +4 pontos-base. Entre os contratos mais negociados, os Depósitos Interfinanceiros futuros (BMF:DI1FUT) com vencimentos médios registraram as maiores variações, refletindo a leitura de que o Banco Central deve manter os juros estáveis por mais tempo diante da inflação de serviços ainda elevada.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Banco ABC Brasil (ABCB4)

   O Banco ABC Brasil anunciou na sexta-feira (26/09), após o fechamento do pregão, a aprovação de um novo programa de recompra de ações preferenciais. A operação permite a aquisição de até 7,5 milhões de papéis para manutenção em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento, sem redução do capital social. O prazo máximo do programa é de 18 meses, com término previsto em 26 de março de 2027. Saiba mais…

   Desktop (DESK3)

   A Desktop – Sigmanet Comunicação Multimídia S.A. anunciou nesta segunda-feira (29/09) a aprovação da sua 9ª emissão de debêntures simples, totalizando R$ 800 milhões. O objetivo da operação é reforçar a estrutura de capital e ampliar a capacidade de investimento da companhia, que segue em expansão no setor de telecomunicações. Saiba mais…

   Eletrobras (ELET3)

   A Eletrobras comunicou ao mercado nesta segunda-feira (29/09) que seu conselho de administração aprovou a 8ª emissão de debêntures simples da Eletronorte, no valor total de R$ 700 milhões. As debêntures, não conversíveis em ações e com vencimento em 15 de setembro de 2035, serão emitidas no âmbito do Programa Eco Invest Brasil, destinado exclusivamente a investidores profissionais. Saiba mais…

   Klabin (KLBN11)

   A Klabin S.A., maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, anunciou nesta segunda-feira (29/09) a conclusão da operação no segmento imobiliário, que resultou em um aporte de R$ 600 milhões em caixa por parte de um investidor institucional. A transação inclui o arrendamento de 30 mil hectares de terras localizadas no Paraná e em Santa Catarina. Saiba mais…

   Motiva (MOTV3)

   A Motiva Infraestrutura de Mobilidade S.A. anunciou, na última sexta-feira (26/09), a assinatura de um aditivo ao contrato de concessão de sua controlada ViaQuatro com o Estado de São Paulo. O acordo prevê investimentos de R$ 3,898 bilhões para a extensão da Linha 4-Amarela do metrô até Taboão da Serra, um dos projetos mais aguardados da região metropolitana. Saiba mais…

   Simpar (SIMH3)

   A Simpar S.A. veio a público neste domingo (28/09) para negar informações publicadas na imprensa sobre uma suposta “megacapitalização” que estaria sendo conduzida pelo BTG Pactual na holding. O comunicado da companhia reforçou que sua estratégia atual está baseada no fortalecimento do caixa, aumento da rentabilidade e preservação da estrutura de capital. Saiba mais…

   Unipar Carbocloro (UNIP3/UNIP6)

   A Unipar comunicou a conversão de 3.131 ações preferenciais classe 1 em ações preferenciais classe 2, de acordo com o Estatuto Social.

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)