IPC-Fipe: inflação em São Paulo acelera na segunda quadrissemana de setembro

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou avanço de 0,28% na segunda quadrissemana de setembro, após a alta de 0,15% verificada na primeira medição do mês. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17/09).

Entre os sete grupos que compõem o indicador, cinco contribuíram para a pressão inflacionária. O setor de Habitação acelerou de 0,75% para 1,05%, enquanto Educação passou de 0,02% para 0,03%. Alimentação (-0,56% para -0,49%), Transportes (-0,82% para -0,56%) e Vestuário (-0,10% para -0,03%) ainda apresentaram queda, mas em ritmo mais moderado.

Por outro lado, duas categorias mostraram desaceleração: Despesas Pessoais, que recuou de 0,77% para 0,72%, e Saúde, que caiu de 1,27% para 0,99%.

Com isso, os componentes do IPC-Fipe na segunda quadrissemana de setembro ficaram distribuídos da seguinte forma:

• Habitação: 1,05%
• Alimentação: -0,49%
• Transportes: -0,56%
• Despesas Pessoais: 0,72%
• Saúde: 0,99%
• Vestuário: -0,03%
• Educação: 0,03%
• Índice Geral: 0,28%

O resultado reforça a percepção de que a inflação em São Paulo segue pressionada principalmente por custos ligados a Habitação e Transportes. Esse cenário pode influenciar o comportamento dos investidores na bolsa de valores, já que tende a pesar nas expectativas sobre juros e consumo. A valorização de setores como energia elétrica e combustíveis pode impactar empresas de utilities e transportes listadas na B3 (BOV:IBOV).

No contexto atual do mercado financeiro, a leitura do IPC-Fipe adiciona cautela aos investidores que acompanham de perto os movimentos da inflação. A pressão sobre os preços na capital paulista serve de termômetro para decisões relacionadas ao câmbio, ao mercado de títulos públicos e à renda variável, reforçando a necessidade de monitorar os próximos dados econômicos.

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