Mercado cripto mantém otimismo cauteloso na manhã de terça-feira enquanto Fed deve cortar juros e ouro atinge recorde histórico

O sentimento do mercado cripto permaneceu cautelosamente otimista na manhã de terça-feira, 16 de setembro de 2025, em meio às esmagadoras expectativas de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pelo Federal Reserve na quarta-feira. No entanto, os ativos digitais não apresentaram a mesma euforia que derrubou o dólar e levou o ouro a um novo recorde histórico.

Os mercados em geral esperam que o Fed faça o corte de 0,25 ponto percentual. A ferramenta CME FedWatch indica 96,1% de probabilidade de um corte de 25 pontos-base.

O dólar enfraqueceu, reduzindo o Índice Dólar de seis moedas para 97,00, contra 97,30 no fechamento de segunda-feira. O índice oscilou entre 96,96 e 97,39 no pregão do dia.

Os contratos futuros de ouro para liquidação em dezembro atingiram um recorde histórico de US$ 3.736,97 por onça troy. Atualmente, são negociados a US$ 3.734,80, implicando ganho de 0,42% na noite. O ouro avançou 1,4% na semana, 10,4% no mês e 41,4% em 2025.

Cerca de 40 das 100 maiores criptomoedas operavam com ganhos acima de 1% na noite. Em contrapartida, apenas 10 registraram perdas superiores a 1%.

A capitalização total do mercado cripto caiu quase 0,5% durante a noite, para US$ 4,01 trilhões.

Já por volta das 09h40 (horário de Brasília), o Bitcoin (COIN:BTCUSD) é negociado a US$ 115.414, com ganhos de 0,5% nas últimas 24 horas, variando entre US$ 115.995 e US$ 114.509 no intervalo de 24h. O ativo está 7% abaixo do recorde de US$ 124.457,12 de 14 de agosto. No ano, acumula alta de 23,6%, apesar de queda de 2,5% no mês.

O Ethereum (COIN:ETHUSD) recuava 0,6% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 4.500,85, cerca de 9% abaixo de seu recorde. No intervalo de 24h, variou entre US$ 4.538,16 e US$ 4.476,73.

O XRP (COIN:XRPUSD), terceira maior cripto, avançava 1,3% para US$ 3,04, ainda 21% abaixo do recorde. A BNB, quinta maior, subia 0,9% para US$ 927,37. A Solana (COIN:SOLUSD), sexta maior, perdia 0,2%, a US$ 235,21.

A Dogecoin (COIN:DOGEUSD), oitava colocada, subia 0,8% para US$ 0,2658. O TRON (COIN:TRXUSD), nono, subia 0,2% para US$ 0,3458. A Cardano (COIN:ADAUSD), décima, avançava 1,2% nas últimas 24 horas para US$ 0,8708.

A Immutable (COIN:IMXUSD) liderava os ganhos, com alta de 13,1% após subir inicialmente quase 17%. A Avalanche (COIN:AVAXUSD), subia 5,9%. A Aerodrome Finance avançava 3,9%.

A MYX Finance (MYX) revertia em alta de 4,4% após cair 9,9% anteriormente. Ainda nas perdas, a Worldcoin (COIN:WLDUSD) recuava 1,6%, melhorando de uma perda anterior superior a 6%, e a Story recuava 3,4%.

O relatório semanal da CoinShares mostrou entradas líquidas de US$ 3,3 bilhões em fundos de cripto até 13 de setembro, revertendo saídas de US$ 352 milhões da semana anterior. O sentimento melhorou em Bitcoin e Ethereum após dados macroeconômicos mais fracos nos EUA.

No acumulado de 2025, os fluxos líquidos chegaram a US$ 38,5 bilhões, com ativos sob gestão (AUM) subindo para US$ 239,1 bilhões. Bitcoin liderou entradas com US$ 2,4 bilhões, seguido por Ethereum com US$ 646 milhões, Solana com US$ 198 milhões e XRP com US$ 33 milhões.

Do total de AUM, US$ 172,1 bilhões estão em Bitcoin, US$ 40,2 bilhões em Ethereum, US$ 7,9 bilhões em carteiras multiativos, US$ 4,1 bilhões em Solana e US$ 2,9 bilhões em XRP.

Entre os provedores, o iShares ETF liderou com entradas de US$ 1,1 bilhão. O Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund seguiu com US$ 850 milhões. Bitwise Funds Trust e ARK 21Shares registraram mais de US$ 180 milhões cada.

O iShares ETF lidera o acumulado com US$ 105,8 bilhões em AUM. A Grayscale Investments, apesar de saídas de US$ 1,6 bilhão em 2025, mantém US$ 36,4 bilhões. O Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund soma US$ 24,1 bilhões.

Geograficamente, os EUA lideraram com US$ 3,2 bilhões em entradas, seguidos pela Alemanha (US$ 160 milhões). A Suíça registrou saídas líquidas de US$ 92 milhões. Do total, US$ 165,8 bilhões estão nos EUA, US$ 7,9 bilhões na Suíça, US$ 7,6 bilhões na Alemanha e US$ 7,3 bilhões no Canadá.

O Brasil, juntamente com a Suécia, continuam a registrar saídas líquidas em 2025.

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Imagem:Canva

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