DAX, CAC, FTSE100 sobem antes da decisão do BCE e dos dados de inflação dos EUA

As ações europeias subiram ligeiramente na quinta-feira, embora os ganhos tenham sido modestos, enquanto os investidores aguardavam o último anúncio de política do Banco Central Europeu e os próximos números de inflação dos EUA.

Às 04h05 (horário de Brasília), o DAX da Alemanha subia 0,1%, o CAC 40 da França avançava 0,3% e o FTSE 100 do Reino Unido avançava 0,3%.

Reunião do BCE em destaque

Todos os olhos estavam voltados para Frankfurt enquanto o BCE encerrava sua reunião de política monetária. Analistas esperam, em geral, que o banco central mantenha as taxas de juros inalteradas. Após uma redução importante da taxa para 2% em junho, o BCE manteve uma postura firme, com a inflação próxima à meta e o crescimento se estabilizando em toda a zona do euro.

Apesar disso, incertezas persistentes — incluindo as tarifas de 15% impostas pelo presidente americano Donald Trump sobre as importações da UE, o crescimento regional contido e a agitação política na França — sugerem que o BCE pode deixar a porta aberta para uma possível flexibilização futura. Espera-se que a presidente do BCE, Christine Lagarde, forneça orientações limitadas, embora permaneça a possibilidade de novos cortes nas taxas de juros caso a inflação caia abaixo da meta de 2% no próximo ano.

IPC dos EUA em Foco

Os investidores também estão atentos ao relatório do índice de preços ao consumidor dos EUA, antes da reunião do Federal Reserve (Fed) da próxima semana. A previsão é de que o IPC geral tenha aumentado 2,9% em agosto, na comparação anual, o ritmo mais rápido desde janeiro, enquanto o núcleo do IPC deve permanecer estável em 3,1%. Os mercados já precificaram um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Fed, mas leituras de inflação abaixo do esperado podem alimentar especulações sobre um ajuste maior, de 50 pontos-base.

Destaques Corporativos: Energean Garante Novos Contratos

As notícias corporativas foram leves na quinta-feira, embora a Energean Oil & Gas (LSE:ENOG) tenha feito manchetes com mais de US$ 4 bilhões em novos acordos de gás de longo prazo no primeiro semestre de 2025, elevando a receita total contratada para cerca de US$ 20 bilhões nos próximos 20 anos.

Preços do petróleo caem em meio a preocupações com a demanda dos EUA

Os mercados de petróleo recuaram na quinta-feira, após ganhos anteriores impulsionados pelas tensões geopolíticas na Rússia e no Oriente Médio.

Os contratos futuros do petróleo Brent recuaram 0,1%, para US$ 67,41 o barril, enquanto os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate, dos EUA, recuaram 0,2%, para US$ 63,57 o barril, às 04h05 (horário de Brasília).

Os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram 3,9 milhões de barris na semana encerrada em 5 de setembro, superando as expectativas de uma queda de 1 milhão de barris, de acordo com a Administração de Informação de Energia (EIA). Os estoques de gasolina também aumentaram 1,5 milhão de barris, contra as previsões de uma queda de 200.000 barris. Esses números ressaltam as preocupações de que a desaceleração da demanda no maior consumidor mundial de petróleo possa pesar sobre os preços no final do ano.

O petróleo já havia subido acima de US$ 1 por barril na quarta-feira, refletindo preocupações do mercado com interrupções no fornecimento na Rússia e no Oriente Médio. Isso deu continuidade a uma tendência de alta mais ampla nos preços do petróleo ao longo de setembro, após atingir a mínima de três meses em 5 de setembro.

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