Minério de ferro fecha semana estável e Vale (VALE3) recua 1,54% na bolsa de valores

Mercado acompanha leve queda do minério e performances mistas das mineradoras brasileiras e internacionais

O mercado de minério de ferro registrou movimentos discretos nesta última semana, com oscilações diárias limitadas e fechamento praticamente estável. O contrato de referência do minério de ferro 62% Fe CFR encerrou a sexta-feira (26/09) cotado a US$ 105,44 por tonelada, registrando variação semanal de -0,09%. O preço oscilou entre US$ 105,44 e US$ 105,54 ao longo das sessões, refletindo fatores como medidas comerciais internacionais e ajustes na produção chinesa. Na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), o minério recuou 1,12% no acumulado semanal, enquanto a referência de Cingapura fechou com perda de 0,43%, sustentando a tendência de estabilidade global do produto.

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Na variação semanal das empresas mineradoras, os desempenhos foram variados. Entre as brasileiras listadas na bolsa de valores, a Vale (BOV:VALE3) apresentou leve queda de -1,54%, enquanto a CSN Mineracao S.A ON (BOV:CMIN3) avançou +2,51%. No cenário internacional, a Cleveland Cliffs (NYSE:CLF) destacou-se com alta de +8,14%, seguida por Rio Tinto (LSE:RIO) com +6,16% e BHP (NYSE:BHP) com +5,96%. Outras gigantes como ArcelorMittal (MT) registraram valorização entre +4,71% e +5,19%, enquanto Atlantic Lithium (ALL) perdeu -4,21%, sendo a principal queda entre os papéis analisados.

A melhor performance mundial da semana ficou com Cleveland Cliffs (NYSE:CLF), beneficiada por otimismo em contratos de longo prazo com siderúrgicas norte-americanas. Já Atlantic Lithium (ALL) registrou o pior desempenho, pressionada por incertezas sobre a demanda de baterias e restrições logísticas em projetos na África.

No Brasil, o desempenho da Vale (BOV:VALE3) ficou abaixo da média de suas concorrentes internacionais, refletindo a estabilidade nos preços do minério e a pressão de fatores externos, como tarifas sobre aço chinês e menor dinamismo na construção civil global. Em contrapartida, a CSN Mineracao (BOV:CMIN3) conseguiu se destacar graças a contratos recentes de exportação, enquanto a companhia mantém sólida presença em minério de ferro de alto teor.

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As ADRs da Vale negociadas no mercado norte-americano seguem trajetória similar, refletindo a oscilação dos preços internacionais do minério. Comparativamente, gigantes como Rio Tinto (LSE:RIO) e BHP (NYSE:BHP) superaram a Vale no desempenho semanal, reforçando o efeito positivo do câmbio favorável e da retomada de contratos na Ásia e Europa.

Entre as mineradoras brasileiras, a Vale (BOV:VALE3) segue como principal protagonista, com atuação integrada em minério de ferro, níquel e cobre, além de operações em logística e energia. A CSN Mineracao ON (BOV:CMIN3) mantém foco no minério de ferro e operações complementares de mineração. Internacionalmente, Rio Tinto (LSE:RIO) e BHP Group (NYSE:BHP) lideram como concorrentes globais, com diversificação em metais e mineração de grande escala. A semana reforça a importância de acompanhar a dinâmica do mercado internacional, contratos de exportação e medidas regulatórias que impactam a cadeia de siderurgia global.