Oi registra prejuízo de R$ 835 milhões no 2T25, e dívida dispara 50%

Companhia em recuperação judicial viu sua receita encolher 67,7% e Ebitda seguir negativo; dívida líquida subiu mais de 50%, pressionando ainda mais os investidores da Oi (BOV:OIBR3).

A Oi (BOV:OIBR3), em processo de recuperação judicial, divulgou nesta sexta-feira (05/09) um prejuízo líquido de R$ 835 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), revertendo o lucro de R$ 15,1 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O desempenho reforça os desafios da companhia em equilibrar suas finanças e sustentar suas operações em meio à reestruturação.

O balanço mostra uma deterioração relevante dos números operacionais, com Ebitda de rotina negativo em R$ 91 milhões e margem ajustada em -14,3%. A receita consolidada somou R$ 684 milhões, queda de 67,7% em um ano, evidenciando os impactos da redução de escala após a venda de ativos e da pressão sobre o negócio de telefonia.

Outros fatos relevantes:

• Oi Soluções respondeu por metade da receita do trimestre.
• As subsidiárias nacionais contribuíram com 39%, enquanto o legado e atacado ficaram com 11%.
• A dívida líquida atingiu R$ 10,034 bilhões, avanço de 50,9% em 12 meses.
• As despesas com pessoal caíram 19% na comparação anual, chegando a R$ 349 milhões.

A Oi destacou, no relatório, que segue focada em “reduzir custos e buscar alternativas de financiamento” enquanto atravessa a recuperação judicial. A empresa também reforçou o papel estratégico da Oi Soluções como principal frente de geração de receita.

No pregão desta quinta-feira (04/09), as ações da Oi (BOV:OIBR3) fecharam em baixa de 1,82%, cotadas a R$ 0,56. Ao longo do dia, os papéis oscilaram entre a mínima de R$ 0,54 e a máxima de R$ 0,56, após abrirem a R$ 0,55. O volume negociado somou 1,33 milhão de ações. O mercado segue cauteloso diante da escalada da dívida e da pressão sobre os resultados.

A Oi é uma das principais operadoras de telecomunicações do Brasil, com atuação em telefonia fixa, banda larga e soluções corporativas. Nos últimos anos, a companhia passou por uma profunda reestruturação, incluindo a venda da operação móvel e de ativos de infraestrutura, buscando sobreviver em um mercado altamente competitivo contra gigantes como Telefônica (BOV:VIVT3), TIM (BOV:TIMS3) e Claro (América Móvil – BMV:AMX).

O cenário segue desafiador para a Oi (OIBR3), e os próximos trimestres serão decisivos para avaliar se a companhia conseguirá reverter a trajetória negativa. Investidores interessados podem acompanhar mais detalhes da ação e do setor diretamente nas ferramentas da ADVFN.

🔗 Links úteis da ADVFN: Cotação OIBR3 | Gráfico OIBR3 | Fórum OIBR3 | Indicadores OIBR3 | Notícias OIBR3